Portugal

Sismo de magnitude 5,3 ao largo de Sines sentido de norte a sul do país

Não há registo de vítimas ou danos materiais. JN

Um sismo de magnitude 5,3 na escala de Richter foi registado esta madrugada ao largo de Sines, avançou o Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA). Há relatos de o abalo ter sido sentido em todo o país, com principal incidência na Península de Setúbal e Lisboa, mas sem registo de vítimas ou danos estruturais.

De acordo com o IPMA, o epicentro do abalo foi registado às 5.11 horas, a 58 quilómetros a oeste de Sines. O sismo aconteceu a uma profundidade de 10,7 quilómetros, avançou o serviço geológico dos Estados Unidos, o USGS, que estimou uma magnitude de 5,4 na escala de Richter.

“Este sismo, de acordo com a informação disponível até ao momento, não causou danos pessoais ou materiais e foi sentido com intensidade máxima IV/V (escala de Mercalli modificada) na região de Sines, tendo sido sentido com menor intensidade na região de Setúbal e Lisboa”, explica um aviso de sismo do IPMA.

Já o Centro Sismológico Euro-Mediterrânico estimou o sismo como sendo de magnitude 5,1 na escala de Richter, com o epicentro a uma profundidade de cinco quilómetros.

A Proteção Civil disse à Lusa ter recebido relatos de que o sismo tinha sido sentido em toda a zona metropolitana de Lisboa, incluindo a capital, mas também no distrito de Setúbal. Não há registo de vítimas ou danos materiais, mas foram sentidas três réplicas de baixa intensidade, com valores de 1,2, 1,1 e 0,9 na escala de Richter.

A intensidade deste sismo não implica a ativação de um plano especial de resposta, segundo revelou André Fernandes, Comandante Nacional da Proteção Civil, num briefing aos jornalistas, esta segunda-feira de manhã, na sede da instituição, em Carnaxide. Nas redes sociais, é possível encontrar dezenas de relatos de pessoas que sentiram o abalo, que também ativou um alerta da Google nos telemóveis.

“Se se voltar a justificar emitiremos novos avisos e comunicados”, adiantou André Fernandes. O responsável revelou que houve um pico de chamadas por parte da população para o comando nacional, comandos regionais e sub-regionais e corporações de bombeiros, tendo sido dadas recomendações.

O comandante nacional adiantou também que este sismo não reúne critérios para ativação de planos especiais para este tipo de evento. “Só são ativados planos a partir de 6,1, o sismo foi de 5,3”, disse.

André Fernandes explicou que apesar do sismo ter tido epicentro no mar, “não houve esse receio” de ocorrência de um tsunami. “Só há aviso de tsunami a partir de 6 [de intensidade] na escala de Richter”, precisou, clarificando que como o sismo foi de 5,3 “não houve essa necessidade”.

Confrontado pelos jornalistas sobre a falta de informação na página a internet da ANEPC e nas redes sociais do organismo, o presidente da ANEPC, Duarte Costa, disse que às 6 horas foi “emitido um primeiro post nas redes sociais que tinha uma indicação” para a página da ANEPC.

“A partir das seis da manhã estamos a informar todas as pessoas, não só decorrente daquilo que se passou, mas das atitudes”, afirmou Duarte Costa.

Do Alentejo a Coimbra

A Proteção civil recebeu um elevado número de chamadas telefónicas, da zona do Alentejo até Coimbra.

“Recebemos muitas chamadas sobretudo de pessoas que queriam saber o que se passava e o que deviam fazer. Pessoas que estavam em prédios altos. A esta hora [6 horas] ainda não conseguimos contabilizar o número de chamadas recebidas”, disse o comandante José Miranda, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC). De acordo com José Miranda, não há registo de vítimas, nem danos de maior a esta hora.

“Muitas pessoas sentiram [o sismo]. Felizmente não há vítimas nem danos estruturais, pelo menos registados até agora. Não há danos. Já comunicamos com os centros sub-regionais e ainda não há nenhuma situação de ocorrência. Estão só a avaliar numa rua de Sesimbra possíveis fissuras em habitações, mas vão só fazer avaliação desta informação”, disse.

José Miranda indicou também que o sismo 5,3 na escala de Richter foi sentido na Área Metropolitana de Lisboa, mas com mais incidência na zona da Península de Setúbal. “Recebemos desde o Alentejo, uma ou duas, até Coimbra. Mas foi sentido mais na zona da Península de Setúbal”, disse.

Governo acompanha a situação

O primeiro-ministro em exercício, Paulo Rangel, disse hoje que o sismo foi um teste real às capacidades de resposta no caso de uma catástrofe, destacando também a necessidade de se falar em estratégias de prevenção.

“Aproveitamos a reunião (…) para olhar para isto como um teste real à nossa capacidade de reposta no caso de uma catástrofe real”, afirmou Paulo Rangel em declarações aos jornalistas à saída de uma reunião na Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide, Oeiras.

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros e primeiro-ministro em exercício considerou que o abalo sísmico permitiu verificar como os “meios estão ou não em prontidão”. Paulo Rangel adiantou que durante a reunião foram abordadas as estratégias de prevenção.

“Sobre aquilo que são os planos que estão já testados e vistos há muito tempo, que têm de ser constantemente atualizados e renovados, e portanto houve aqui alguma projeção para o futuro no sentido de preparar as estruturas portuguesas, a proteção civil, nacional e regional, e a população em geral para termos capacidade de resposta “, disse.

JN/MS

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