Portugal

Rede de oxigénio falha no Hospital Amadora-Sintra. Doentes transferidos

Amadora, 26/01/2021 – Vários doentes COVID-19 estão esta noite a ser transportados para outros Hospitais após falha no sistema de distribuição de Oxigénio no Hospital Amadora-Sintra.
( Pedro Rocha / Global Imagens )

A “sobrecarga” na rede de oxigénio do Hospital Amadora-Sintra originou, esta terça-feira, uma falha que obrigou à transferência de 48 doentes covid, dos quais pelo menos 20 ventilados. “Ninguém esteve em perigo de vida”, assegurou fonte hospitalar ao JN.

A mesma fonte negou que tenha havido uma “rutura” no sistema, garantindo que o que ocorreu foram “flutuações” do nível de oxigénio. Ao detetarem que esse nível não era constante, os alarmes do sistema foram acionados.

Essas flutuações, apurou o JN, terão sido causadas pela “sobrecarga” a nível do número de infetados: o patamar máximo do plano de contingência do Hospital Doutor Fernando Fonseca prevê receber 120 doentes covid, mas o complexo estava, neste momento, a tratar um total de 363.

O hospital garante que existe oxigénio de sobra nos depósitos, embora admita que o sistema não suporta tantos doentes covid. Ainda assim, assegura, ninguém terá deixado de estar ventilado.

O Hospital Amadora-Sintra está a transferir 48 doentes. Destes, pelo menos 20 estão ventilados, estando a ser encaminhados para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa. Os 11 restantes, mais próximos da alta médica, têm como destino o hospital de campanha da Cidade Universitária e o hospital de retaguarda das Forças Armadas, ambos também na capital.

A ajudar nas transferências dos pacientes estão médicos e enfermeiros de várias unidades. A mudança de local dos doentes em causa está a ser coordenada entre o Conselho de Administração do Amadora-Sintra e o INEM.

O hospital em questão está, desde a semana passada, a construir um novo tanque de oxigénio para aumentar a sua capacidade – uma vez que é, neste momento, o hospital mais sobrecarregado com doentes covid na região de Lisboa e Vale do Tejo.

No entanto, a fonte hospitalar contactada pelo JN garante que as obras em curso não tiveram qualquer relação com o sucedido e que o problema foi ao nível das tubagens. As obras deverão ficar concluídas dentro de duas semanas.

Cerca das 23 horas, um responsável do hospital sublinhou às televisões que a falha se deveu a “constrangimentos relacionados com o elevado número de doentes covid internados”, já que estes têm “necessidades acrescidas” de oxigénio. Dos 363 infetados, 150 estão estão a fazer ventilação não invasiva, sendo que nenhum dos transferidos estava nos cuidados intensivos.

JN

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