OCDE aponta para recuperação lenta de Portugal nos próximos meses

O indicador avançado da organização sinaliza diferentes ritmos de recuperação para as principais economias mundiais, entre moderado e estável. Apenas a China mantém uma tendência constante de crescimento. Informação sobre as vacinas pode ainda não estar incorporada.
A recuperação é lenta e deverá demorar vários meses. É pelo menos esse o caminho apontado pelo indicador avançado da Organização para a Cooperação e desenvolvimento Económicos (CLI, na sigla inglesa).
O índice, que deteta pontos de viragem na economia nos próximos seis a nove meses, voltou a subir em novembro, depois da violenta queda registada em abril e maio quando afundou mais de 10 pontos face ao final do ano passado. A recuperação deverá acontecer, mas a um ritmo muito lento.
Os dados aponta para a economia portuguesa indicam uma subida em novembro de apenas uma décima (96,6) face a outubro ficando abaixo da média dos países da moeda única (98,3) e do conjunto dos países da OCDE considerados (99,0).
Espanha trava
Em sentido contrário à recuperação da maioria dos países da OCDE, está a Espanha, o principal parceiro comercial de Portugal.
De acordo com os dados da OCDE, o indicador avançado aponta para uma queda de 0,3 pontos face a outubro, invertendo a tendência de subida que se verificava desde abril. Também a cair, pelo terceiro mês consecutivo, está o indicador para o Reino Unido, neste caso devido à “incerteza acrescida em torno da perspetiva de um acordo comercial com a UE ser concluído antes do final do ano”, justifica a organização sediada em Paris.
“Em França, Itália, e na Alemanha, o CLI mostra sinais de crescimento moderado”, indica a OCDE, que alerta para os cuidados a ter na leitura deste indicador.
“Embora o impacto das renovadas medidas de contenção da covid-19 tenha sido amplamente incorporado em indicadores de futuro utilizados para a construção das estimativas do CLI, as notícias mais recentes sobre a evolução da vacina podem não estar”, sublinha a organização, alertando para o “cuidado na interpretação” destes dados.
JN/MS
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