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Marido de Ana Lúcia Matos fica em prisão preventiva

ana lucia matos - milenio stadium

 

Seis arguidos da Operação Admiral vão aguardar o desenrolar o processo em prisão preventiva, incluindo Max Cardoso, marido da apresentadora de televisão Ana Lúcia Matos. Um dos arguidos passará depois a prisão domiciliária, com proibição de contactos.

Os arguidos que não estavam detidos, onde se inclui Ana Lúcia Matos, ficam sujeitos a termo de identidade e residência, proibição de abertura de contas bancárias ou empresas e proibição de contactos entre si. Todos têm de entregar os passaportes.

No dia 29 de novembro, o casal e mais 12 pessoas foram detidos no âmbito de uma megaoperação europeia de combate à fraude fiscal: a Operação Admiral. Estima-se que a organização criminosa da qual faziam parte tenha movimentado mais de 2,2 mil milhões de euros através de 8845 empresas com o objetivo de fugir ao pagamento do IVA. A apresentadora foi libertada na noite de sexta-feira.

Tinha duas identidades

Max Cardoso tinha duas identidades: usava dois nomes, dois números de contribuinte e dois passaportes. Era Max Emiliano ou Max William. Era português e era francês. E ainda queria ser cidadão do Dubai. Submeteu os papéis para uma autorização de residência mas não a conseguiu obter. Uma condenação a prisão efetiva pendente em França terá sido fatal para as suas pretensões.

O casal não baixou os braços. Nas redes sociais, Ana Lúcia já anunciava que dividia o seu tempo entre Portugal, Paris e o Dubai. Aliás, a ex-modelo e apresentadora até tinha conta bancária nos Emirados Árabes Unidos e era agenciada por uma empresa do emirado do Dubai. Esta agência, apurou a investigação, na realidade recebia dinheiro de empresas envolvidas no esquema montado pelo marido.

Fugiram de França

Além da célula controlada por Max com a ajuda de Filipe Fernandes, a organização criminosa tinha outro polo a atuar em Portugal. Estava em Guimarães e era dirigido por Brigitte Lafontaine, de 78 anos, a filha Isabelle e o genro Prathikounh Lavivong, todos de nacionalidade francesa.

Os três fugiram apressadamente de França no final de 2016, quando se aperceberam de que estavam a ser investigados pela justiça gaulesa. Vieram tão depressa que Isabelle e o filho – com saúde delicada – tiveram de continuar a ir regularmente a Franca para ele receber tratamentos porque não tinham assegurado assistência médica em Portugal.

Para escapar do radar das autoridades francesas, a família assumiu uma vida discreta no Norte de Portugal. Como tinham antecipado, em 2017, foram realizadas buscas em solo francês que comprovaram um esquema de fraude fiscal semelhante ao que está agora a ser investigado.

Tentou fugir outra vez

Provas encontradas pela investigação daquele país indicaram que, mesmo exilado em Portugal, seria Lavivong o responsável máximo pela ação criminosa do grupo. Aliás, no dia 29, ao perceber que ia ser alvo de buscas, Lavivong fugiu novamente. Desta vez, acabou intercetado e detido.

JN/MS

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