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Marcelo recandidato para não sair “a meio de caminhada penosa”

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O Presidente da republica Marcelo Rebelo de Sousa apresenta a sua recandidatura a  presidencia da Republica, no caf Versailles em Belem .(PAULO SPRANGER / Global Imagens )

 

Marcelo Rebelo de Sousa anunciou, esta segunda-feira, que é candidato às presidenciais de 2021 para “não sair a meio de uma caminhada penosa”, nem “fugir” em tempo de pandemia.

O anúncio para as eleições de janeiro foi feito na pastelaria Versailles, em Belém, Lisboa, que foi sede da sua candidatura cinco anos atrás, com o presidente a explicar que “há uma pandemia a enfrentar”, a prometer mudar Portugal “para melhor” e a disponibilizar-se para debates com os outros candidatos.

“A minha primeira palavra é para vos dizer que sou candidato à Presidência da República porque temos uma pandemia a enfrentar, uma crise económica e social a vencer e uma oportunidade única de, para além de vencer a crise, mudar para melhor Portugal”, declarou o recandidato a Belém, assegurando que cada português conta.

“Não vou sair a meio de uma caminhada exigente e penosa. Não vou fugir às minhas responsabilidades”, justificou ainda o presidente. E acrescentou que também não vai “trocar” as “adversidades e impopularidades de amanhã pelo comodismo pessoal ou familiar de hoje”. Isto “porque, tal como há cinco anos”, diz cumprir “um dever de consciência”.

Independente e sem crispação

Marcelo, que chegou sozinho a pé, assumiu o compromisso de “descrispação”, de”pluralismo democrático” e com “diálogo e convergência no essencial”, apresentando-se como o “presidente independente” de que o país precisa. Um chefe de Estado que não “instabilize, mas estabilize”, “que não divida, antes una os portugueses”, e que “puxe sempre pelo que de melhor existe”. O presidente recandidato explicou ainda que quis “promulgar as novas regras eleitorais antes de convocar eleições”.

“Quis convocar eleições como presidente antes de avançar como cidadão. E, sobretudo, porque perante o agravamento da pandemia no outono quis tomar decisões essenciais sobre a declaração do segundo estado de emergência, as suas renovações e a sua projeção até janeiro”, justificou na sua breve declaração.

Continua “exatamente o mesmo”

Em seguida, deixou uma garantia aos portugueses: “Podem ter a certeza de que tentei fazer sempre o melhor que sabia e podia, nos bons e mais instantes, a pensar no interesse público e não no pessoal. Quem avança para esta eleição é exatamente o mesmo que avançou há cinco anos. Sou exatamente o mesmo”.

A propósito, Marcelo descreveu-se como “orgulhosamente português e, por isso, universalista; convictamente católico e, por isso, dando primazia à dignidade da pessoa, ecuménico e contrário a um Estado confessional; assumidamente republicano e, por isso, avesso a nepotismos, clientelismos e corrupções; determinadamente social-democrata e, por isso, defensor da democracia e da liberdade”.

Na pastelaria Versailles, bem perto do Palácio de Belém, detalhou ainda que quer “mudar para melhor Portugal na economia, mas, sobretudo, no nosso dia a dia, reforçando a nossa coesão e territorial, combatendo a pobreza e a exclusão, promovendo o emprego, com investimento, crescimento e melhor distribuição da riqueza”.

Disponível para debates frente a frente

Na sua declaração, deixou logo no início uma palavra aos outros candidatos a Belém, defendendo debates. “Há muito que defendo que deve haver debates frente a frente com todos os candidatos. E assim farei”, anunciou Marcelo, desejando boa sorte e saudando todos os outros. Já no exterior, disse não ter ainda uma data para a formalização.

Prestes a completar 72 anos, no dia 12 de dezembro, Marcelo Rebelo de Sousa foi eleito presidente da República à primeira volta nas eleições de 24 de janeiro de 2016, com 52% dos votos expressos.

Professor catedrático de direito jubilado, antigo presidente do PSD e comentador político televisivo, assumiu a chefia do Estado em 09 de março de 2016, mantendo em aberto a sua candidatura a um segundo mandato de cinco anos.

Eleições marcadas para 24 de janeiro

No dia 24 de novembro, o presidente da República marcou as eleições presidenciais para 24 de janeiro de 2021. As candidaturas têm de ser apresentadas formalmente perante o Tribunal Constitucional até 30 dias antes das eleições, 24 de dezembro, propostas por um mínimo de 7.500 e um máximo de 15.000 eleitores, e a campanha eleitoral decorrerá entre 10 e 22 de janeiro.

Nos termos da lei, se nenhum dos candidatos obtiver mais de metade dos votos validamente expressos, excluindo os votos em branco, haverá um segundo sufrágio, 21 dias depois do primeiro, entre os dois candidatos mais votados – neste caso, será em 14 de fevereiro.

O próximo presidente da República tomará posse perante a Assembleia da República no dia 09 de março de 2021, último dia do atual mandato de cinco anos de Marcelo Rebelo de Sousa.

JN/MS

 

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