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Marcelo considera que problema da imigração foi “o mais evidente” em Odemira

Marcelo considera que problema da imigração foi "o mais evidente" em Odemira
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, fala aos jornalistas no final da cerimónia da entrega do Prémio BIAL Medicina Clínica 2020 à médica Teresa Coelho (ausente da fotografia), que liderou um trabalho que traça a evolução da paramiloidose em Portugal, discursa na cerimónia de entrega da distinção, na Ordem dos Médicos em Lisboa, 29 de abril de 2021. TIAGO PETINGA/LUSA

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou esta segunda-feira que o problema da imigração foi “o mais evidente” em Odemira e que a sociedade “prefere ver a ponta do iceberg” a discutir a “parte fundamental” que é ver as condições sociais.

Em Esposende, no distrito de Braga, à margem de uma visita à Loja Social promovida pela autarquia local, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que a questão da imigração “atravessa toda a Europa” e que não se pode querer que a economia “assente no trabalho dos imigrantes” avance e “ao mesmo tempo não dar as imigrantes o estatuto que eles merecem”.

Analisando a questão da falta de condições sociais, de saúde e de trabalho em explorações agrícolas que a pandemia causada pelo novo coronavírus revelou, o Presidente da República reforçou a necessidade de se discutir os direitos dos imigrantes.

“Não pode ser viver à custa de, fingindo que eles, que realmente contribuem para aquilo que é o interesse de todos, estão a viver em condições piores do que vivem os nacionais dos próprios Estados, não é possível. É importante ter ficado patente isso, porque de vez em quando há quem diga não precisamos dos imigrantes, fora com os imigrantes. É mentira”, considerou.

Na análise do Presidente da República, o “problema mais evidente” em Odemira foi o problema da imigração, sendo que sobre esse tema “a sociedade prefere ver a ponta do iceberg a discutir a parte fundamental do iceberg”.

“A ponta do iceberg é o mais fácil de discutir, (se) a medida tomada naquela caso foi boa ou má. O iceberg é outro”, apontou, deixando várias questões: “Quais são as situações em que há imigração? Essa imigração está a ser utilizada pela economia nacional, por empresas nacionais em que casos? Legalizada ou não legalizada?”, enumerou.

Ainda sobre as medidas tomadas no caso de Odemira e os pedidos de demissão do ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, o chefe de Estado escusou-se a comentar, disse apenas que “é próprio da luta político partidária haver quem concorde com certas soluções, quem discorde, quem entenda que elas são adequadas no tempo e no modo, quem entenda que não” e apontou a batuta para outro lado.

“O que me preocupa mais, verdadeiramente, é a parte fundamental: Nós, como sociedade, sabermos como é que devemos lidar com uma realidade que existe, que não podemos negar que existe, e que deve merecer uma atenção e preocupação de todos os portugueses”, referiu.

Marcelo Rebelo de Sousa considerou ser necessário saber se “havendo imigrantes que vêm trabalhar para Portugal, em que condições trabalham” se “estão legalizados, não estão legalizados e em que condições sociais” trabalham.

“Tem que se saber a todos os níveis, na administração central na administração local, e a sociedade tem que estar desperta para isso”, avisou.

JN

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