Mais de metade dos imigrantes com processos pendentes “já foram atendidos”

O secretário de Estado Adjunto da Presidência, Rui Armindo Freitas, disse, durante a inauguração do Gabinete do Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes (CLAIM), na Póvoa de Lanhoso, que 220 mil dos 400 mil imigrantes com processos pendentes, “herdados do anterior Governo, já foram atendidos”. O governante quer “regras claras” e que os CLAIM sejam responsáveis pela sua transmissão.
Pedro Portugal Gaspar destacou a importância deste serviço, que tem como objetivo a prestação de apoio e informação em áreas como a regularização de documentos, obtenção de nacionalidade, reagrupamento familiar, acesso à habitação, saúde, educação, procura de emprego e retorno voluntário, entre outras questões do quotidiano no interior do país. “Um cidadão só se sente confortável se tiver documentos”, salientou Rui Armindo Freitas. Para o secretário de Estado, a integração começa pela criação de uma rede para atender e documentar os estrangeiros que se encontram em Portugal. “A Póvoa de Lanhoso tem 702 imigrantes, podem até ser mais, porque um indivíduo sem documentos não tem coragem de se dirigir aos serviços”, referiu, pegando no número de estrangeiros residentes no concelho, adiantado pelo presidente da Câmara, Frederico Costa.
O secretário de Estado lembrou que o Governo de que faz parte “herdou 400 mil imigrantes indocumentados”, para depois avançar que 220 mil já foram atendidos. Na avaliação de Rui Armindo Freitas, “o caos estava instalado no país, devido à manifestação de interesse” e a situação estará a ser ultrapassada porque “a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) atendia 800 pessoas por dia e passou a ter capacidade para atender seis mil”.
Existem 156 CLAIM distribuídos pelo continente e ilhas, incluindo alguns centros itinerantes e, de acordo com Rui Armindo Freitas, esta rede é para expandir. “A documentação é o primeiro passo, depois é preciso a integração e os CLAIM têm um papel muito importante”, apontou. Já Pedro Portugal Gaspar, presidente da AIMA, destacou a importância do envolvimento dos municípios neste processo, “porque são eles que conhecem as realidades do território”.
JN/MS
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