Portugal

Listas de espera aumentaram porque procura cresceu mais de 20%

Parlamento: diretor-executivo do SNS, Fernando Araújo, na Comissão de Saúde
O diretor-executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Fernando Araújo, durante a sua audição perante a Comissão de Saúde sobre a reorganização dos serviços de urgência de Ginecologia e Obstetrícia, na região de Lisboa e Vale do Tejo, da reorganização dos serviços de urgência de Psiquiatria a nível nacional e da reorganização dos serviços de urgência geral, na Assembleia da República, em Lisboa, 15 de fevereiro de 2023. MANUEL DE ALMEIDA/LUSA

 

O diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) revelou, esta quarta-feira, que as listas de espera têm aumentando no serviço público porque a procura cresceu mais de 20%, enquanto a produção subiu entre 8% e 10%.

“A procura tem aumentado de forma extremamente expressiva”, disse Fernando Araújo, que falava na Comissão Parlamentar da Saúde, na Assembleia da República, onde hoje está a ser ouvido, a pedido do PCP e do Chega, sobre a falta de profissionais, o programa do Governo para assegurar a dotação de serviços, a valorização de profissionais e sobre o funcionamento da própria Direção Executiva do SNS.

O responsável sublinhou o esforço dos profissionais de saúde, dizendo que estes “têm feito um esforço enorme que permitiu aumentar a produção”, exemplificando com dados referentes a janeiro deste ano e que indicam que aumentaram em 8% as consultas médicas hospitalares e em 15% as cirurgias, quando comparadas com os valores de janeiro do ano passado.

Segundo Fernando Araújo, em janeiro foram realizadas 1.226.000 consultas hospitalares e 71.682 cirurgias, um “recorde de sempre” na produção.

Reconhecendo que “não é suficiente”, o responsável acrescentou: “Significa que temos de avançar de forma profunda na autonomia das decisões, com responsabilidade e prestação de contas”.

Fernando Araújo reconheceu que uma das grandes vulnerabilidades do SNS é a escassez de recursos, mas sublinhou que, ainda assim, o número de profissionais tem aumentado.

A este nível, apontou um crescimento — com dados de janeiro — de 472 médicos especialistas, 807 enfermeiros e 110 técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica e assistentes técnicos.

“Se me pergunta se chegam? Não chegam, precisamos de mais e precisamos sobretudo de modelos e formas de organizar os recursos humanos”, disse o diretor executivo do SNS, assumindo que “um dos grandes desafios” é precisamente “mudar a forma de gerir os recursos humanos”.

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