João Galamba demite-se do Governo
O ministro das Infraestruturas demitiu-se, esta terça-feira, na sequência de uma polémica com o ex-adjunto Frederico Pinheiro. Em comunicado, João Galamba diz sair devido ao “quadro de perceção criado na opinião pública” sobre o caso e, também, para garantir ao Governo a “necessária tranquilidade institucional”. Pediu ainda desculpas às duas funcionárias do seu gabinete que foram alegadamente agredidas por Frederico Pinheiro.
“Comunico que apresentei, agora mesmo, o meu pedido de demissão ao Senhor Primeiro-Ministro”, afirmou Galamba, num comunicado enviado às redações. “No atual quadro de perceção criado na opinião pública, apresento o meu pedido de demissão em prol da necessária tranquilidade institucional, valores pelos quais sempre pautei o meu comportamento e ação pública enquanto membro do Governo”, acrescentou.
Na sexta-feira, ficou conhecida a exoneração de Frederico Pinheiro por “comportamentos incompatíveis com os deveres e responsabilidades” e as suas acusações a João Galamba, já negadas categoricamente pelo ministro das Infraestruturas, de que tinha procurado omitir informação à comissão de inquérito à TAP sobre a “reunião preparatória” com a ex-CEO.
João Galamba considerou, no sábado, ter “todas as condições” para estar no Governo – face às críticas da oposição, que apontou para a sua demissão -, negou contradições e realçou que os factos mostram que houve cooperação com a comissão de inquérito à TAP.
Após a exoneração do adjunto, Galamba relatou ainda que Frederico Pinheiro se dirigiu às instalações do ministério, em Lisboa, “procurando levar o computador de serviço”, “recorrendo à violência junto de uma chefe de gabinete e de uma assessora”. O adjunto exonerado já veio negar em diversos órgãos de comunicação social quaisquer agressões. Na sequência do incidente, que levou cinco pessoas a fecharem-se numa das casas de banho do ministério, “com medo”, segundo o ministro, foram contactadas a Polícia Judiciária e o Serviço de Informações de Segurança (SIS), uma vez que Frederico Pinheiro levou consigo o computador de serviço, que continha informações classificadas.
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