“Isto não é uma coisa de uma quinzena ou de dois ou três meses”, diz Graça Freitas

A epidemia de Covid-19 não está prestes a terminar, estando o combate à doença apenas a começar, revelou, este domingo de manhã, Graça Freitas, diretora-geral de Saúde.

“Isto não é uma coisa de uma quinzena ou dois ou três meses”, afirmou, durante a conferência de imprensa diária sobre o combate à Covid-19, depois de ser conhecido que há já 119 mortes relacionadas com a Covid-19 e 5962 infetados no nosso país.

“Até haver uma vacina, isto vai durar. O vírus vai replicar-se nas pessoas. Já percebemos que é um vírus muito inteligente” e agressivo, explicou a responsável pela saúde em Portugal, salientando que as medidas de isolamento social estão a funcionar, atirando o pico da epidemia de Covid-19, para um “planalto”, no final de maio.

“Não estamos a terminar nada. Estamos a iniciar um percurso”, reforçou, apelando à não-desmobilização da população “Até que haja uma vacina não podemos ficar descansados”, sentenciou.

Antes, Marta Temido tinha abordado a mesma questão. “Não podemos confiar na sorte”, porque as projeções apontam para um número elevado de infeções, mesmo com o isolamento social a resultar para evitar um pico muito acentuado de casos.

Segundo o Ministério da Saúde, a letalidade da infeção em Portugal é de 2% e de 8,1% entre os maiores de 80 anos, ligeiras subidas em relação aos valores apontados no sábado.

Lares em foco

Com o número de casos em lares de idosos a aumentar, a ministra da Saúde pediu às direções técnicas para que se preparem e respondam com disciplina aos casos suspeitos. Têm “grande responsabilidade” neste quadro, explicou. Marta Temido elencou uma série de medidas que os lares ou unidades de cuidados continuados devem tomar, para evitar contactos.

Entre as medidas, estão a separação de cadeiras e camas, a utilização de espaços comuns por turnos, a diminuição da circulação dos utentes.

JN