Imigrantes contribuíram com 1500 milhões de euros para a segurança social
As contribuições dos imigrantes para a segurança social atingiram os 1500 milhões de euros em 2022, um aumento de 19% em relação a 2021.
Numa audição na comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, a vice-presidente do Instituto de Segurança Social, (ISS), Catarina Marcelino avançou dados de 2022 relativos aos imigrantes que são contribuintes líquidos para o sistema de segurança social, precisando que os 630 mil trabalhadores que contribuíram com 1500 milhões de euros representam 13% dos trabalhadores registados.
A responsável do ISS, juntamente com responsáveis da Autoridade Tributária, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e Autoridade para as Condições do Trabalho, foi ouvida no parlamento numa audição pedida pelo PCP no âmbito do combate ao tráfico de seres humanos e auxílio à imigração ilegal para exploração de trabalhadores imigrantes.
Catarina Marcelino destacou que “a evolução nos últimos sete anos é muito positiva”, dando conta que desde 2015 “o peso dos trabalhadores com nacionalidade estrangeira aumentou de 3% para 13%”.
“Em 2021, o saldo entre as contribuições e prestações sociais pagas relativas à população estrangeira foi (positivo em) quase 1.000 milhões de euros face a 2015, que nesse ano eram 350 milhões”, disse, frisando que estes resultados e esta evolução, sobretudo no último ano, “tiveram também o efeito de mecanismos de facilitação de inscrição e adesão ao sistema”.
Para a vice-presidente do ISS, estes dados mostram objetivamente que “os imigrantes são uma mais-valia para o sistema e que contribuem positivamente para a sustentabilidade da segurança social”.
No entanto, salientou os casos de imigração, em particular de países fora da Europa, com “vulnerabilidades sociais” por não falarem português, por falta da rede social e familiar, descontextualização cultural, desconhecimento da organização social e das instituições do país de acolhimento, que apresentam fragilidades e que, por vezes, são vítimas de exploração laboral e ficam à mercê de situações de grande carência.
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