
Momenbto em que o homem sai a conduzir o carro acompanhado por dois carros da GNR para o Hospital Pedro Hispano.
( José Carmo / Global Imagens )
Existem mais de mil carros inoperacionais nos postos da GNR espalhados pelo país. Os veículos estão avariados e os fornecedores recusam-se a repará-los enquanto não recebem valores em dívidas. A denúncia é feita pela Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) no dia em que a GNR festejou os seus 112 anos, numa cerimónia, em Lisboa.
Num comunicado, o sindicato dos guardas garante existir “um elevado número de veículos inoperacionais”, porque os fornecedores recusam-se “em repará-los sem receberem os valores faturados desde janeiro”.
Na mesma nota, acrescenta que o facto de se aproximar o Rali de Portugal, “que obrigará ao empenho de um número elevado de viaturas”, poderá vir a fazer falta para o serviço “orgânico diário da GNR – a segurança pública”.
De acordo com informações recolhidas pelo JN, no final de abril, o total de veículos inoperacionais por avarias era de mais de 1370. Eram cerca de 1100 carros e mais de 200 motas, além de quadriciclos e embarcações.
Contactado pelo JN , César Nogueira, presidente da APG, explicou que, atualmente, o orçamento da GNR funciona em duodécimo. “A Guarda tem de calcular periodicamente as verbas que necessita para fazer face as despesas e pede-as ao governo. O dinheiro não aparece e a GNR não pode inventá-lo”, diz o líder da associação profissional.
“Nesta altura, estamos a chegar a uma situação de rotura em relação aos veículos e não só. Há ajudas de custo por pagar a militares desde 2020 e que ascende a milhares de euros”, denuncia.
No comunicado, a APG exige que se esclareçam os motivos da falta de pagamento e “que sejam afetados os meios necessários ao normal funcionamento da Instituição, permitindo-se o pagamento pontual de todas as suas obrigações”.
A APG esclarece ainda que denuncia este caso no dia em que a instituição festeja 112 anos por “não poder ficar indiferente àquilo que uma cerimónia deste género representa e que contrasta em absoluto com a realidade no terreno, que em nada prestigia da GNR”.
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