Portugal

Governo anuncia nova campanha para poupança de água

O Governo vai lançar uma nova campanha a sensibilizar para a necessidade de poupar água, este ano alargada a todos os utilizadores, dos domésticos, à agricultura e indústria.

“Se no ano passado a campanha foi muito dirigida à falta de água nas torneiras das pessoas, que nunca aconteceu, este ano começamos mais cedo” e a ação de sensibilização “tem de ser dirigida a todos”, disse o ministro do Ambiente João Matos Fernandes no parlamento.

A campanha, que deverá ser lançada em meados de março, vai dirigir-se “certamente a cada um de nós enquanto cidadãos, mas [também] a todos os outros grandes utilizadores de água, como a pecuária, a agricultura, e rega e a indústria”, explicou.

João Matos Fernandes falava aos jornalistas após a audição na comissão parlamentar do Ambiente, Ordenamento do Território, Descentralização, Poder Local e Habitação, onde foi ouvido sobre a poluição no Rio Tejo.

“Temos mesmo de alargar a campanha a todos porque na altura já todos os agricultores sabiam bem que estavam em seca, não era preciso dizer-lhes para pouparem água”, defendeu o governante.

E, recordou o ministro, os cidadãos urbanos, passaram o ano “sem dar por ela, e isso não pode acontecer”, e é necessário que todos se adaptem às novas condições do clima e reduzam os consumos de água.

A nova campanha “está a ser desenhada e, o mais tardar dentro de três semanas, estará na praça pública”, anunciou.

Entre as ações de combate à seca listados pelo ministro está a limpeza dos fundos das albufeiras para garantir que o volume de água agora inútil passará a ter qualidade para ser utilizada.

A alteamento em duas albufeiras, o reforço das ligações a partir do Alqueva e de outras barragens, e o apelo para que agricultores que necessitam de água do Alqueva o digam o mais rápido possível, para permitir a organização do acesso ao recurso, são outras medidas do Governo.

O tratamento de águas residuais para reutilização terá um plano em junho para que as 50 maiores ETAR do país, de uma maneira geral, aquelas das grandes cidades, estejam preparadas para que todo o seu efluente possa vir a ser usado.

João Matos Fernandes apontou que, em muitos casos, será necessário efetuar alguns investimentos e o objetivo é que essa água possa ser reutilizada “sem qualquer custo acrescido”, tendo uma rede própria.

Questionado acerca dos resultados da anterior campanha para a poupança, o ministro disse que, “tendo sido um ano com uma afluência de turistas tão grande e população tão grande nos locais onde água é mais consumida, os valores do consumo em cidades como Lisboa e Porto, ao longo do ano até cresceram”.

Mas, “isso não quer dizer que não haja resultados positivos da campanha”, garantiu.

No caso de Viseu, em que “nos dias mais complexos eram captados 15 mil metros cúbicos de água, chegamos a conseguir valores de 10 mil metros cúbicos, ou seja, uma redução de quase um terço”, apontou João matos Fernandes.

Outros exemplos que escolheu foram os de empresas como os metropolitanos de Lisboa e do Porto, que diminuíram o gasto de água na lavagem das carruagens.

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