Ex-presidente da Caixa e do BCP constituído arguido na operação que visou Berardo

( Pedro Rocha / Global Imagens )
Carlos Santos Ferreira, antigo presidente do conselho de administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD) foi constituído arguido na operação desta terça-feira da Polícia Judiciária, que levou à detenção de Joe Berardo e do seu advogado, André Luiz Gomes. Há mais uma dezena de arguidos.
De acordo com informações recolhidas pelo JN, Carlos Santos Ferreira foi constituído arguido pelo crime de administração danosa, por suspeitas de ter autorizado centenas de milhões de euros a Berardo, sem garantias consideradas válidas.
O JN sabe que o bancário que em 2008 transitou da administração da CGD para a liderança do BCP também foi alvo de buscas domiciliárias.
Recorde-se que, em comunicado, a PJ e o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) explicaram que “a investigação iniciada em 2016, identificou procedimentos internos em processos de concessão, reestruturação, acompanhamento e recuperação de crédito, contrários às boas práticas bancárias e que podem configurar a prática de crime” e também que “no inquérito investigam-se matérias relacionadas com financiamentos concedidos pela CGD e outros factos conexos, suscetíveis de configurar, no seu conjunto e entre outros, a prática de crimes de administração danosa, burla qualificada, fraude fiscal qualificada, branqueamento e, eventualmente, crimes cometidos no exercício de funções públicas”.
De acordo com informações recolhidas pelo JN, haverá outras pessoas ligadas ao setor bancário que foram constituídos arguidos.
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