Do caniche campeão do mundo ao terra-nova “CR7”
Cães e gatos de vários países brilham na exposição internacional de Aveiro.
Cavalier-king-Charles-spaniel, pequinês, weimaraner ou samoiedo. Estes são, provavelmente, nomes desconhecidos para muita gente. Não o são, contudo, para os amantes de cães de raça. E há exemplares de todas essas raças, além de muitas outras – mais de 120 no total – em exposição, até este domingo, no Parque de Feiras de Aveiro. A Exposição Canina e Felina Internacional conta, entre cães e gatos, com cerca de 1500 animais. Muitos deles campeões, que por estes dias procuram revalidar títulos.
Alba Paton viajou desde Valência, Espanha, com o seu “Mambo”, um caniche grande, preto, que aos cinco anos “é campeão do Mundo”, consagrado na Croácia. Cabeleireira de cães de profissão, como o marido, Alba mostra a arte que domina nos seus animais de estimação. E porquê a predileção por caniches grandes? “É o pelo. Gostamos muito de pelo”, diz a rir, sem parar de dar os últimos retoques em “Mambo”, quase a ser avaliado pelos juízes, na fase de pré-julgamento.
Ali, explica Maria Amélia Taborda, juiza e responsável técnica de canicultura na exposição, conta essencialmente “a morfologia dos animais”. Além da aparência, a pigmentação, a dentição, os olhos, o porte, “tudo é avaliado, assim como a linha dorsal, as angulações das patas e a cauda, dentro dos padrões específicos de cada raça”.
As competições caninas parecem um mundo complexo para quem está de fora. Não é o caso de Paulo Tavares, de Ovar, criador da raça terra-nova há 25 anos. Está presente com o seu “CR7”, de 11 meses, cujo nome se antecipa como amuleto para uma vida de ansiadas vitórias. “Os meus cães são quase todos campeões. O terra-nova é o melhor cão do Mundo. É de salvamento e salva qualquer pessoa, sem escolher quem”, garante Paulo, enquanto escova o “CR7”, um portentoso animal de 70 quilos.
Bengal custa 1500 euros
Se este sábado as competições contavam para o Campeonato de Portugal, amanhã – com julgamentos de manhã e o prémio mais esperado, o “Best in Show”, à tarde – valem para o internacional. Tanto na exposição canina como na felina.
É com vista ao título de “campeão internacional” que João Alves, da Mealhada, vai a Espanha daqui a duas semanas com o seu “Urakami”, um gato Bengal de ano e meio, impossível de fugir às parecenças com um leopardo, devido às manchas. “Sou apaixonado por eles porque são gatos muito diferentes e inteligentes. Este já é campeão nacional”, diz orgulhoso João, criador da raça, que vende por “1500 euros para animal de companhia”. Se fosse o “Urakami”, que garante não estar à venda, “custaria mais de 3800 euros, por ser de competição”.
JN/MS
Redes Sociais - Comentários