DGS sugere de forma cautelosa uso generalizado de máscaras
A Direção-Geral da Saúde (DGS) passou a recomendar o uso de máscaras pela população em geral e em espaços fechados como proteção contra a Covid-19.
Porém, não se trata de um completo volte-face em relação ao que vinha sendo defendido pela autoridade de saúde, já que salienta que “não existe evidência científica direta que permita emitir uma recomendação a favor ou contra a utilização de máscaras não cirúrgicas ou comunitárias, pela população”, citando o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças – que também mudou a sua posição há poucos dias.
“Assim, por forma a garantir a priorização adequada da utilização de máscaras cirúrgicas, as máscaras não cirúrgicas (comunitárias ou de uso social) podem ser consideradas para uso comunitário nas situações aqui identificadas”, refere a orientação publicada no site da DGS, esta segunda-feira, já depois das declarações da ministra da Saúde, Marta Temido, que apontaram no mesmo sentido.
As situações de uso são, para a DGS, em que as pessoas estejam em “espaços interiores fechados com múltiplas pessoas (supermercados, farmácias, lojas ou estabelecimentos comerciais, transportes públicos)”.
Quanto ao tipo de máscaras agora recomendadas à população em geral, a DGS informa que irá com o INFARMED, ASAE, Instituto Português da Qualidade e o CITEVE – Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário definir as “especificações técnicas das máscaras não cirúrgicas, comunitárias ou de uso solidário, e os seus mecanismos de certificação”.
Portugal junta-se assim a países como a Alemanha, França e Espanha, que vão no mesmo sentido. Aliás, no regresso de parte da atividade produtiva em Espanha, as empresas foram obrigadas a fornecer proteção aos trabalhadores – onde se incluem as máscaras.
Já na República Checa, o uso tem sido obrigatório, sendo uma medida que está em vigor desde que foi decretado o isolamento social. Outros países depois seguiram autoridades de Praga: Áustria, Eslováquia, Lituânia e Bulgária
A DGS salienta que “países como Reino Unido, Bélgica, Itália e Suécia privilegiam as medidas de distanciamento social, etiqueta respiratória e higiene das mãos, não recomendando o uso generalizado de máscaras na comunidade”. Sendo que os números de infetados e mortos sejam elevados.
Assim como já referiu Marta Temido na conferência de imprensa diária, a DGS salienta que “o uso de máscaras na comunidade constitui uma medida adicional de proteção, pelo que não dispensa a adesão às regras de distanciamento social, de etiqueta respiratória, de higiene das mãos e a utilização de barreiras físicas, tendo que ser garantida a sua utilização adequada”.
JN
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