Cuidadores e grupos vulneráveis são prioritários para vacina da covid-19
O secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, afirmou, esta sexta-feira, em conferência de imprensa, que há 70 intuições de acolhimento de idosos com infetados com covid-19, 22 dos quais internados.
“A situação nos lares mantém alguma estabilidade”, disse o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales. As unidades de acolhimento de idosos requerem “cuidados acrescidos e estão a ser acompanhados no terreno, num trabalho de parceria com as instituições, a Segurança Social e as autarquias”, acrescentou.
Há 70 instituições com casos positivos, num total de 530 funcionários ou utentes infetados, 22 dos quais internados em hospitais, acrescentou Lacerda Sales, durante a habitual conferência de imprensa de atualização sobre a situação da pandemia de covid-19 em Portugal, esta sexta-feira, com a presença do presidente do Infarmed, Rui Santos Ivo, e da diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.

Vacinas diferenciadas e com grupos prioritários preestabelecidos
O secretário de Estado recordou que o Governo aprovou uma verba de cerca de 20 milhões de euros para comprar as 6,9 milhões de vacinas que a União Europeia destinou a Portugal. “Uma luz que começa aparecer ao fundo do túnel”, segundo Lacerda Sales, que não vai ser para todos no início.
“Teremos vacinas diferenciadas para grupos de população e que vão chegar em alturas diferentes”, explicou o presidente do Infarmed, Rui Ivo Santos. “Vão ser estabelecidos os grupos prioritários para a vacinação, tendo em conta o tipo de vacina e as características da vacina, para saber a que grupos específicos se destina – sejam grupos etários, de risco de patologia – e se há eficácias distintas consoante os grupos etários, e só com essa informação disponível encontraremos as prioridades”, acrescentou a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.
“Mas há duas preestabelecidas, os grupos mais vulneráveis e depois os cuidadores, porque é importante que os profissionais de saúde e outros cuidadores na área social estejam saudáveis”, especificou Graça Freitas.
Havendo vacina, e suficiente para todos, e depois de feito o mais que provável rateio inicial, a vacinação contra a covid-19 poderá ser obrigatória. “Num contexto de pandemia, a legislação portuguesa prevê que uma vacina possa ser obrigatória”, disse Graça Freitas, em “defesa da saúde pública”.
A vacinação em Portugal não é obrigatória e esta possibilidade, que a lei prevê para situações excecionais, terá de ter também em conta a eficácia da vacina e a evolução da pandemia.
Portugal regista esta sexta-feira mais quatro óbitos por covid-19 e 219 novos casos de infeção. Conseguiram recuperar da doença mais 209 pessoas.
A Direção-Geral da Saúde contabiliza um total de 1792 mortes associadas à covid-19, desde o início da pandemia, em março, e 55.211 casos confirmados de infeção. Até agora conseguiram recuperar da doença 40.473 pessoas.
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