Vítor M. Silva

Sou português de Trás-os-Montes e Alto Douro! Com orgulho!

 

milenio stasium - tras os montes douro

 

Citando Miguel Torga vou falar-lhes dum reino maravilhoso. Embora muitas pessoas digam que não, sempre haverá reinos maravilhosos neste mundo. O que é preciso para os ver é que os olhos não percam a virgindade original diante da realidade e o coração, depois, não hesite . Ora, o que pretendo mostrar, meu e de todos os que queiram merecê-lo, não só existe como é dos mais belos que se possam imaginar. Começa logo porque fica no cimo de Portugal, como os ninhos ficam no cimo das árvores para que a distância os torne mais impossíveis e apetecidos.

Quero partilhar também a célebre frase estampada no brasão de armas do regimento de Infantaria 13 De Vila Real “Nem um passo p’ra retaguarda “, e que bem ilustra o que é ser transmontano, ser português. A tenacidade, a bravura, a teimosia de seguir em frente, o trabalho árduo para triunfar, a força, a nobreza, a firmeza, a eloquência, a valentia, o zelo e lealdade, tanto me revejo nesta expressão.

Hoje que estou longe, recordo com saudade a família, em primeiro a família, com os meus pais como saudade maior e depois as paisagens, os cheiros e os sabores que nunca consegui encontrar neste belo país do Norte da América, que tão bem me acolheu. Ao recordar Portugal tenho que agradecer ao Canadá e a quem aqui me recebeu de braços abertos e acolheu, o que muito ajudou a estreitar a saudade.

Falo com orgulho de uma região cheia de potencialidades e cada um de nós espalhados pelo mundo temos a obrigação de sermos os primeiros embaixadores da nossa região, do nosso país e termos orgulho nisso. Mas permitam-me que diferencie os transmontanos e a terra que os viu nascer – a qualidade do ar, a maneira única de fazer coisas, as paisagens singulares de cortar a respiração e esse néctar dos deuses que é o vinho do Douro, Vinho do Porto e o moscatel. As romarias de que todos temos orgulho e uma devoção sem igual.

Para mim foi um privilégio ter nascido transmontano e estou cheio de confiança para o que está reservado no futuro, para quem acredita na região com mais recursos do nosso belo país à beira-mar plantado.

Todos nos reconhecem como lutadores, verdadeiros guerreiros e não faltam personagens históricas para vocalizar o que acabo de dizer.

Sinto hoje a minha região e Portugal de uma maneira diferente, facilmente correm as lágrimas ao ouvir A Portuguesa.

Esta semana Portugal fica mais perto, com tantas demonstrações de portugalidade.
Celebremos o 10 de Junho. O Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.

Sempre grato ao Canadá, com Portugal no coração, quente e cheio de emoção, no orgulho de ser transmontano até morrer.

Vítor M. Silva/MS

 

milenio stadium - poema de Torga para acompanhar o artigo de Vítor Silva

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