Vítor M. Silva

Política com ética e moral já

 

 

Mais importante que a legalidade é a ética e a moral. Não se pode pedir aos cidadãos que, das mais diversas formas, tenham uma conduta perfeita quando os exemplos que vêm de cima são no mínimo duvidosos. A ética de um Governo tem que se fazer sentir no comportamento e na política produzida por este. Os funcionários do Estado, com ou sem nomeação política, devem servir o interesse público com a verdade e a responsabilidade ética sempre em primeiro lugar.

A verdade cada vez se torna mais importante, mas mais difícil também de encontrar. Quando lemos jornais ou redes sociais, quando vemos televisão ou canais de YouTube sabemos discernir, de imediato, realidade de ficção? O preto e o branco do cor-de-rosa? Nietzsche deixou-nos um pensamento atual dizendo não existirem factos, existem apenas interpretações.

Quem ocupa cargos de relevância na política tem que ser um servidor, um trabalhador da causa do povo. Não pode favorecer nem discriminar assim como não deve usar o cargo para seu benefício pessoal e deve evitar a todo o custo conflitos de interesse. Aqui se aplica na perfeição a célebre frase de Júlio César, imperador romano que dizia “à mulher de César não basta ser séria, tem que parecer séria”.

Todos temos assistido estupefactos ao carrossel de nomeações e de demissões no Governo de Portugal. Para quando uma comissão independente que sirva de filtro quando se pensa num nome para ser governante, como aliás já se passa noutros países do mundo, como os Estados Unidos da América, só para deixar um exemplo? Esta comissão garantiria maior transparência e daria outra confiança aos mandatários e aos nomeados. Mas todo este enredo digno de ser chamado de “best seller” faz-me lembrar o grande estadista Winston Churchill quando dizia que a política é quase tão excitante como a guerra e não menos perigosa. Na guerra a pessoa só pode ser morta uma vez, mas na política diversas vezes.

Imediatamente os governantes têm que tratar a humanidade como um fim e não como um meio. Vendo este exemplo a população sentiria vontade de agir bem, agindo livremente sem medo de qualquer julgamento. Portanto, através do exemplo não só conseguimos leis e o cumprimento destas, como melhores seremos nós, os seguidores destas legislações com o padrão que vem de cima.

Não estaria na hora de deixarmos o marketing político para trás e preocupar-nos com verdadeiros instrumentos de governação para as pessoas, estando estas no centro de todas as políticas? O respeito pelos princípios que respeitam as instituições da democracia e a liberdade estão a esfumar-se. Urge fazer algo rapidamente. Não percamos a esperança. Em Portugal, como por aqui, temos muitas mulheres e homens com capacidade para grandes feitos. Vamos respirar e acreditar em quem tem capacidade para governar com ética e moral, afinal essa pessoa pode estar a ler este artigo.

“Na política de massas, dizer a verdade é uma necessidade política”
Antonio Gramsci

Vítor M. Silva/MS

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