Vítor M. Silva

Participação cívica e política: Está na hora!

Photo: @copyright

Caros amigos, portugueses residentes no Canadá,

Está na hora de nos organizarmos no sentido de termos mais políticos de origem portuguesa nas esferas de decisão federal e provincial, passando também pelos municípios. Participar terá sentido coletivamente. Temos que nos organizar, não necessariamente com as mesmas ideias, mas só assim conseguiremos dar uma contínua e crescente importância à comunidade portuguesa radicada no Canadá. Independentes, Liberais, Conservadores, Verdes ou NDP todos têm sentido, todos têm uma ideologia válida. Podemos e devemos ter uma participação pública obedecendo a aspetos mais globais incluindo, claro está, a adesão a partidos políticos ou organizações sociais com programa político e ação política.

Se não se quiserem envolver em política podem, através do privado, participar social e comunitariamente fazendo valer os interesses da sua comunidade, trabalhando para o seu melhoramento e aumentando a qualidade de vida dos seus concidadãos. O importante é defender e representar. 

Em primeiro lugar devemos votar, algo que a comunidade de ascendência portuguesa não tem feito nos últimos anos. Depois podemos ser filiados num partido, num sindicato, numa organização ou associação política ou mesmo em novos movimentos sociais. Temos também à nossa disposição orçamentos participativos e conselhos consultivos a que devemos mostrar interesse e interagir com estes. E, através da internet, dar a nossa opinião e mesmo ir para a rua fazer manifestações, se for esse o caso.

A palavra participar é a chave. A definição de civismo inclui práticas assumidas como deveres fundamentais para a vida coletiva, visando preservar a sua harmonia e melhorar o bem-estar de todos. Mais especificamente este civismo consiste na dedicação pelo interesse público e também pela política de um país, fidelidade, paz ou honra em relação à pátria, patriotismo.

Esta carta aberta é dirigida a todos, mas sobretudo às novas gerações que podem e devem traçar o caminho para um país e uma região, com a assinatura da expressão portuguesa.

A democracia que deveremos manter a todo o custo trouxe a possibilidade da participação popular com ideias totalmente opostas. Do conjunto destas ideias nascem os movimentos sociais. Podemos concordar ou não com os conteúdos, mas todos sem exceção têm valor e devem ser reconhecidos para a evolução de uma sociedade. Os nossos clubes e associações que existem em grande número, não só em Toronto, mas por todo o Canadá, devem ser acarinhados. Apelo também à participação nestes, embora sublinhe que não será suficiente para a identidade de um povo se eternizar. 

Na minha humilde opinião, a participação política é o melhor caminho para defender e não deixar esquecer o orgulho de ser português em terras canadianas. Nós temos que estar nos centros de decisão. Não pode ser um problema um apelido português – seja Pereira, Silva ou Costa (nomes escolhidos aleatoriamente) – ser candidato. Temos que valer pela iniciativa, pelas ideias e pela personalidade que pomos em cada ação que tomamos. Temos que ser vistos como uma parte da solução. E perdoem a frase feita, mas juntos seremos sempre mais fortes. Platão deixou-nos algo muito atual dizendo: “O preço a pagar pela tua não participação na política é seres governado por quem é inferior”. 

Vítor Silva/MS

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