O Nome
Os meus pais foram felizes no nome Vítor, quando decidiram que era este que eu deveria carregar, qual etiqueta por uma vida, e depois o Silva que orgulhosamente ostento herdado dos meus pais.
O nome é um valor inestimável, mas também de individualização da pessoa na sociedade. Todos temos direito ao nome, mas não temos, com toda a certeza, a leviandade de usar os nomes dos outros. Com certeza existem nomes com mais ou menos poder mediático, importância e valor político ou social, mas o nome pode também ser um rótulo e, se mal-usado, pode ser um… problema. Com o uso do nosso nome existem muitos outros valores que o aperfeiçoam e o complementam podendo mesmo este construir personalidades e definir o carácter de cada um, e mais do que isso aliado o nome a esta ou àquela situação, a este ou àquele partido político, a esta ou àquela pessoa, gerar uma opinião verosímil ou não da sociedade que nos rodeia. É interessante investigar como as pessoas veem a identidade numa comunidade, de alguém que só conhecem pelo nome.
Bom, o nome pelo menos não revela etnias, nem credos. Com o decorrer dos anos, cultivamos a nossa identidade como um sentimento óbvio de sermos nós próprios, com características, pensamentos, opiniões e personalidade únicos. No entanto, quando criamos a nossa identidade, automaticamente relacionamo-la com o ambiente de diferentes formas no mundo exterior, através de impressões que obtém e experiências que tem. Isto significa que começa a olhar para si em relação ao que vivencia e pode comparar-se com este mesmo mundo.
Cada um decide onde quer estar, o que acha que é importante, o que gosta e o que não gosta, o que defende e assim por diante. Assim, desenvolvemos e construímos a nossa identidade. Claro que tem uma importância superlativa termos significado no meio em que vivemos e no grupo de pessoas com quem convivemos, mas nunca perdendo uma autoimagem fortalecida e uma personalidade que estará claramente acima do uso do próprio nome. Segurança, identidade, energia e boas relações sociais são condimentos essenciais para que estejamos bem inseridos na sociedade e nunca nos devemos manter isolados de quem nos rodeia. É bem verdade o adágio popular – bem ou mal o importante é que falem de nós, que nos sintamos lembrados. Tenho naturalmente uma convicção fortíssima daquilo que penso e o que sinto sendo estas duas premissas inabaláveis. Trabalhar e viver é o que posso aconselhar a quem me lê, mas sempre com uma estrutura de bem-estar e com um estilo de vida positivo. Agora a opinião é algo com um valor inestimável, devemos não só divulgá-la como tentar que seja motor de construção, respeitando sempre os outros e o pensamento destes. Todos sabem, mas já agora meu nome é Vítor Silva, mas sou muito mais do que um nome.
“Os grandes nomes, em vez de elevar, rebaixam aqueles que os não sabem usar.”
(François de La Rochefoucauld)
Vítor Silva/MS



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