Meu querido mês de agosto… (Ao meu irmão Paulo Silva – Comissão de Festas Nossa Sra. dos Remédios de Carlão)
Chegou agosto e, a par do que já acontecera em julho, a grande maioria dos portugueses a residir no estrangeiro volta a Portugal, para rever a família, mas também para usufruir do bom tempo e… das festas de verão. Compreendemos que cada vez mais o planeamento das férias dos portugueses coincide com festivais, romarias e festividades espalhados pelo continente e ilhas.
Estes eventos, “religiosamente” planeados, assumem um papel cada vez maior na economia. O sucesso destas demonstrações culturais e gastronómicas, mas na sua maioria de cariz religioso, depende da forma como conseguem fazer face às expectativas e experiências dos visitantes com a oferta de serviços e produtos cada vez mais diversificados, juntando o tradicional ao contemporâneo, o religioso ao profano, a música clássica aos grupos populares (com muito pimba), nunca descurando, nesta organização de eventos, as últimas tendências num ambiente em constante renovação e criatividade, satisfazendo, ou mesmo superando, as expectativas de quem viaja tantos quilómetros para visitar a terra natal, sejam jovens ou menos jovens.
Esta volta à casa dos portugueses está transformada numa verdadeira indústria de eventos que muito enriquecem a economia portuguesa.
Assim, será muito avisado que os organizadores dos eventos atrás referidos se adaptem continuamente a novas estratégias, para manter a sua qualidade num mercado muito competitivo, tornando-se necessário melhorar os serviços para júbilo dos milhares de emigrantes que todos os verões regressam a Portugal.
As comissões de festas, câmaras municipais ou associações organizadoras de eventos estão cada vez mais profissionais desde a criação de expectativas ao planeamento, execução e avaliação. Os visitantes são motivados para participar. Em contrapartida, nos locais onde estes portugueses trabalham todo ano sente-se nestes meses um vazio cultural e festivo parecendo que tudo se transfere para aquele belo retângulo à beira-mar plantado, onde as paisagens “asfixiantes” e o bom sabor da comida nos deixam enfeitiçados e a desejar regressar com todas as forças, que cada um dos portugueses emigrados detém.
Cresci nas festas de Verão e vejo claramente aquilo que estas evoluíram. De dois dias, quase todas passaram para uma semana de festejos, onde ninguém dorme e a única coisa que interessa é usufruir o mais possível de tudo de bom que só o nosso Portugal nos pode dar. As marcas associam-se cada vez mais, tornando-se mesmo financiadoras de eventos. Só para termos uma noção do quanto estes eventos são importantes para a economia, no ano de 2020 (COVID) o cancelamento das ‘Festas” em Portugal resultou numa perda na economia portuguesa de milhões de euros. Cada português que vai de férias a Portugal gasta em média em cada “Festa” cerca de 500 euros (750 CAD). O “meu querido mês de agosto” é uma marca cada vez mais a explorar e uma grande ajuda ao Ministério da Economia e Finanças português.
Desejo a todos os que estão por lá e aos que já voltaram, um excelente querido mês de agosto. E, se estiver por Portugal, visite Carlão (Vila Real) na semana de 14 a 20 de agosto, para viver as melhores festividades de Portugal .
“Meu querido mês de agosto
Por ti levo o ano inteiro a sonhar
Trago sorrisos no rosto
Porque sei que vou voltar “
Dino Meira – Cantor popular português
Vítor Silva/MS
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