Vítor M. Silva

MAIS ideias MENOS partidos

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Num mundo cada vez mais confuso e de difícil interpretação é imperativo que o bom senso e as pessoas de bem e de boa vontade emerjam e uma nova vaga de políticos também. Nada contra os partidos, até porque sou filiado num desde os 18 anos de idade. Mas ter um boletim de voto como em Portugal com quase 20 partidos ajuda a clarificar ou traz algo de novo? É um modelo que está gasto e onde as pessoas se aproveitam e se servem mais dos partidos que estes servem as sociedades. Muitas das vezes, os partidos criam barreiras ideológicas e vemo-nos muitas das vezes a falar com pessoas que dizem apoiar um partido de esquerda com ideias totalmente à direita e vice-versa.

Claramente porque o partido lhes foi induzido em criança como um simples clube de futebol. E aqui está o problema do seguidismo, qual ovelhas, que vão só na direção que o resto do rebanho segue. O debate de ideias, sem rótulos, é urgente. E é com celeridade que eu sinto que este passo deve ser dado. Deixo aqui um ensaio sobre o que pode dar de uma vez credibilidade à política, há muito tempo perdida. A criação de dois grandes grupos de pensamento, não lhe chamemos esquerda e direita, demos-lhe o nome de Progressistas e Tradicionalistas respetivamente. A seguir, que se produza o debate internamente dentro destes dois polos. Não o debate de quem vai seduzir melhor o eleitor, não estamos num reality show, nem num concurso de miss mundo, mas daqueles que tem o melhor programa eleitoral para que o objetivo número um de um político seja alcançado, a qualidade de vida do ser humano, a sua condição humana sempre em primeiro lugar. Infelizmente as máquinas partidárias atuais recrutam profissionais de marketing, e criativos de imagem para ganhar eleições. E o problema é que ganham e depois sente-se um vazio de ideias que está a levar o mundo ao estado de caos em que vivemos. Mas voltemos aos dois blocos.

Depois de discutir ideias, repito ideias, o vencedor deve ser capaz de ser o porta-voz e o mandatário para concretizar a teoria em prática de um portfólio gerado por todos aqueles que participaram no antecipado debate interno.

É depois da responsabilidade dos eleitores escolher, através do voto, aquele programa que ache melhor para o desenvolvimento da sua cidade, região ou país. Os aparelhos partidários custam muito dinheiro aos países e não correspondem na mesma reciprocidade para com estes, sendo o saldo altamente negativo para cada um dos diferentes países. Para termos uma ideia, em Portugal gastaram-se 7.22 milhões de euros na última campanha eleitoral e a fatia que coube aos partidos nas recentes eleições federais no Canadá foi de 65 milhões de dólares. Os números falam por si, não precisarei de tecer grandes comentários.

Vamos organizar grupos de cidadãos que tenham ideias para pôr em prática, vamos juntar pessoas com competência, integridade e coragem, vontade e visão, que sejam contundentes nas suas apreciações e, sobretudo, que tenham as respostas certas para um sistema político tão empobrecido, velho e cansado.
Não é um bom sinal dos tempos que vivemos quando pensamos em grandes pensadores políticos, muitas das vezes, temos que recuar no tempo até Winston Churchill, George Marshall e JF Kennedy de que vos deixo esta verdade absoluta “A mudança é a lei da vida, aqueles que olham apenas para o passado ou para o presente serão esquecidos no futuro” .

Vítor M. Silva/MS

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