Vítor M. Silva

Gosto muito de dizer – Obrigado!

 

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Muito aprecio ver, ouvir e ler todas as formas de comunicação social que temos na nossa comunidade. Que bem servidos estamos com estes jornais, canais de televisão e rádios. Muito obrigado a todos.

Ouvindo um programa na passada sexta-feira dia 26 de maio, chamado Roundtable, fiquei muito triste. Triste por ouvir dizer que alguns não estavam gratos por tudo o que foi feito na semana de comemoração da chegada dos Pioneiros Portugueses ao Canadá e, ainda mais, que haveria críticas, não construtivas, ao que considero ser o grande símbolo atual da comunidade portuguesa em Toronto – o monumento ao Anjo da Guarda sito na Praça Camões.

Que bonito é dizer – Obrigado! Não custa nada e é uma grande qualidade que todos deveríamos ter. Prefiro – Obrigado, a dizer – Está mal.

Encontramo-nos numa sociedade que busca constantemente benfeitores. Procura-os e espera que estes tenham a obrigação de fazer. Aos que não são benfeitores e não dão o seu trabalho voluntário, a pergunta que se impõe é a seguinte – o que os move? Uma coisa me parece certa: parte da nossa comunidade precisa muito de educação sobre gratidão.

A palavra “Obrigado” é a expressão de gratidão mais simples e também a que requer menos esforço, até pelos músculos que necessita para ser dita.

Falei em pontes num dos artigos que escrevi há uns tempos atrás, e estas, quando ligadas ao bem que nos cerca, chamam-se de gratidão. Quando somos gratos, claramente ficamos com uma visão mais qualificada, ampla e claramente enriquecida. Quando alguém nos fornece ajuda esta palavra (Obrigado) deve ser imediatamente pronunciada e não devemos ter problema nenhum de a partilhar. Mas, agora, uma parte da sociedade parece que esqueceu a dita palavra.

Com a satisfação das necessidades materiais nestes anos, parece-me que os corações já não sabem ser gratos, o ser humano considera tudo como certo, e o preto e branco do nosso mundo é chocante.

Todos gostam de ler as histórias de bravura daqueles que fizeram a nossa história. Isso é ensinado nas escolas e o valor destes reconhecido, mas quem diz obrigado a quem está a fazer história neste preciso momento? Uma vez li que a gratidão não era uma palavra, mas um estado de espírito, que nos leva a viver com muito mais qualidade. Vamos dizer “obrigado” a quem nos ajuda, e sintamo-nos sempre gratos a quem tem bondade para consigo e a comunidade onde está inserido. “A singularidade da gratidão não está em retribuir, mas em perceber que não há como retribuir.” Expresse essa gratidão na forma de ajudar os outros. Portanto, a palavra “obrigado” não é uma palavra simples e a qualidade da gratidão é um fator determinante para o sucesso de uma comunidade.

Tentemos ser menos críticos uns com os outros e elogiar mais, gratificar mais, ser mais solidário e fazer parte da entreajuda. Que todos nós não esqueçamos a palavra “obrigado”. É claro que quem faz, não age em função de ter um agradecimento, mas ouvi-lo motiva a fazer mais e melhor. Obrigado a todos os anjos que foram construindo e consertando a nossa comunidade.

“A gratidão de quem recebe um benefício é sempre menor que o prazer daquele de quem o faz.” – Machado de Assis.

Vítor M. Silva/MS

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