Opinião

Quem é Maxime Bernier?

Nascido a 18 de janeiro 1963, é o fundador e atual líder do Partido Popular do Canadá e é membro do Parlamento Canadiano representando o distrito de Beauce em Quebec, desde 2006. Antes de entrar na política, ele era empresário e advogado.

Depois de ser eleito, ocupou o cargo de titular de vários ministérios no governo do então primeiro-ministro Stephen Harper. Após a derrota dos conservadores na eleição de 2015, teve uma participação ativa, como elemento da oposição, nas áreas da inovação, ciência e desenvolvimento económico, até 12 de junho de 2018. Concorreu na eleição para a liderança do Partido Conservador do Canadá em 2017 e acabou em segundo lugar com mais de 49% da votação, na 13 ª rodada. O vencedor foi Andrew Scheer, o líder da oposição.

A 23 de agosto de 2018, citando divergências com a liderança de Scheer, ele deixou o Partido Conservador para criar seu próprio partido – o Partido do Povo do Canadá -, que foi tornado público a 14 de setembro de 2018. O Partido Popular do Canadá (PPC), em francês conhecido como “Parti Populaire du Canada”, é considerado um partido político federal da direita. O PPC formou associações distritais eleitorais em todos os 338 distritos eleitorais do Canadá e planeia conseguir uma lista completa de candidatos nas eleições federais em outubro próximo. Bernier é o único membro do Parlamento do partido, tendo representado o distrito de Beauce desde 2006.

O seu passado recente é controverso em muitos aspetos. Quando se candidatou para liderar os conservadores, Bernier disse que mudaria a lei e tornaria mais fácil discriminar as pessoas com base no seu sexo. Num post no Facebook, ele prometeu “revogar” o Decreto Lei C-16, uma lei que adiciona a identidade e expressão de género à Lei de Direitos Humanos e ao Código Penal – algo que ele realmente votou a favor no passado. Além disso, quando se encontrava reunido com apoiantes conservadores na sua suite durante o Congresso Nacional Conservador, em maio de 2016, Bernier foi gravado em vídeo dizendo a um simpatizante que acreditava que o Canadá precisava mudar para o padrão-ouro, um sistema monetário do século XIX, baseado na ideia de que o valor do dinheiro deve estar ligado à quantia de ouro que um país tem fisicamente em sua posse.

Posições controversas parecem ser a sua norma. Bernier disse, recentemente, que a destruição do Canadá poderia ser uma consequência de um hipotético “futuro governo mundial”e emitiu tweets no dia 7 de janeiro, alertando que canadianos “ilustres” estão a tentar “criar um governo mundial”, administrado pelas Nações Unidas.

O líder do Partido Popular também questionou a “lealdade” do primeiro-ministro do Canadá. Ele apontou para o facto de o Canadá fornecer ajuda externa a países pobres como prova de que Justin Trudeau pode ser “leal a um futuro governo mundial que destruirá o Canadá”.

Teorias de conspiração que giram à volta de um governo mundial, liderado pelas Nações Unidas, são um tema comum entre as comunidades online da extrema direita. A crença de Bernier num “futuro governo mundial” faz lembrar as conspirações popularizadas por pessoas alinhadas a organizações como a John Birch Society que lutam contra o socialismo e são a favor de um governo limitado ou restrito por lei.

Mais recentemente, nas eleições realizadas a 25 de fevereiro para preencher três vagas no parlamento em Ottawa, o seu partido conseguiu cerca de 11% dos votos na região de Vancouver, em Burnaby South, mas não causou impacto entre os eleitores na região rural de Ontario de York-Simcoe ou na área urbana de Montreal, em Outremont, onde o partido tinha menos de 2% da contagem final. Mais tarde, ele sugeriu que os resultados tiveram que ver com o facto do partido ter nascido há apenas cinco meses atrás e que “este é apenas o começo da nossa jornada. Estamos nele para o longo prazo … vamos trabalhar ainda mais agora para encontrar os melhores candidatos e estar prontos para as eleições gerais”.

Qual é o seu objetivo final, agitador da direita? O tempo dirá.

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