Opinião

Museu da Emigração Açoriana um espaço de memórias da emigração portuguesa

A emigração tem sido ao longo do tempo um fenómeno constante no modo de vida de milhares de açorianos. Embora as suas origens remontem aos primórdios do povoamento do arquipélago português situado no Atlântico nordeste, o seu caráter sistemático consubstanciou-se entre os séculos XIX e XX com o surgimento dos cinco grandes destinos da emigração açoriana: Brasil, Estados Unidos da América, Bermudas, Havai e Canadá.

O historiador Daniel Bastos (esq.), cujo percurso tem sido alicerçado no seio das Comunidades Portuguesas, visitou em 2019 o MEA-Museu da Emigração Açoriana, acompanhado de Rui Faria (dir.), coordenador do espaço museológico e presidente da AEA-Associação dos Emigrantes Açorianos

Atualmente estima-se que cerca de 1,5 milhões de açorianos e seus descendentes residam no estrangeiro, números reveladores da grandeza da diáspora açoriana, muito mais se considerarmos que residem no arquipélago cerca de 250 mil pessoas, e que ajudam a compreender a razão destas numerosas comunidades serem denominadas “a 10.ª ilha dos Açores”.

Como sustenta António Machado Pires, acerca da Emigração, Cultura e Modo de Ser Açoriano, os “açorianos da emigração são hoje, pelo seu número e pela sua diversidade, um vasto prolongamento da unidade e da diversidade dos Açores. São continuadores, descendentes, representantes de um conjunto de tradições, de uma língua e de uma cultura”.

A mundividência e relevância da diáspora açoriana encontram-se plasmadas na missão e objetivos do Museu da Emigração Açoriana. Inaugurado em 2005, no antigo Mercado de Peixe da Ribeira Grande, o espaço museológico, aberto à união de esforços e trabalhos em parceria no âmbito da história da emigração portuguesa, preserva através de fotografias, documentos, roupas e memórias de diversos tipos, as trajetórias de milhares de açorianos que ao longo do devir histórico saíram do arquipélago para o estrangeiro em busca de melhores condições de vida.

O Museu da Emigração Açoriana, ao estruturar uma visão geral sobre as razões e destinos da diáspora açoriana, constitui não só um elemento-chave na história da emigração açoriana, como valida a sua considerável base de dados com fichas de emigrantes e os requerimentos para emigração realizados no século XIX. Como também representa um elemento-chave para a compreensão e identidade do arquipélago, e do demais território nacional, ou não fosse a emigração um fenómeno constante da vida portuguesa.

Redes Sociais - Comentários

Artigos relacionados

Back to top button

 

O Facebook/Instagram bloqueou os orgão de comunicação social no Canadá.

Quer receber a edição semanal e as newsletters editoriais no seu e-mail?

 

Mais próximo. Mais dinâmico. Mais atual.
www.mileniostadium.com
O mesmo de sempre, mas melhor!

 

SUBSCREVER