Daniel Bastos

Museu de Migrações: Preservar e Transmitir

 

Milenio Stadium - Maria Beatriz Rocha-Trindade
A Professora Catedrática Maria Beatriz Rocha-Trindade, no decurso da conferência “Museu de Migrações – Preservar e Transmitir”. Créditos: DR.

 

No passado dia 18 de maio, no âmbito do Dia Internacional dos Museus, este ano dedicado à temática “O Poder dos Museus”, o Município de Fafe, edilidade minhota que no início do séc. XXI instituiu o Museu das Migrações e das Comunidades, promoveu uma conferência intitulada “Museu de Migrações – Preservar e Transmitir”.

A conferência, aberta à comunidade, foi proferida pela Professora Catedrática Maria Beatriz Rocha-Trindade, uma das cientistas sociais que mais tem contribuído para o conhecimento da emigração portuguesa. Autora de uma vasta bibliografia sobre matérias relacionadas com as migrações, e colaboradora habitual de revistas científicas internacionais neste domínio, Maria Beatriz Rocha-Trindade, Doutorada pela Universidade de Paris V (Sorbonne) e Agregada pela Universidade Nova de Lisboa (FCSH), abordou os diversos projetos museológicos internacionais dedicados ao fenómeno migratório.

Assim como, o papel e relevância dos diversos núcleos museológicos disseminados pelo território nacional, e que se dedicam à preservação e transmissão do conhecimento sobre a emigração portuguesa. Como é o caso, do Museu das Migrações e das Comunidades, sediado em Fafe; do Espaço Memória e Fronteira, localizado em Melgaço; do Museu da Emigração Açoriana, instalado na Ribeira Grande, ou do Museu da Família Teixeira, situado no concelho de Santana, na Madeira.

A atual presidente da Comissão de Migrações da Sociedade de Geografia de Lisboa destacou ainda, no decurso da sua apresentação, os espaços museológicos que têm sido construídos ao longo das últimas décadas no seio das comunidades lusas. Como, por exemplo, a Galeria dos Pioneiros Portugueses, em Toronto, no Canadá; o Museu da Imigração, em Lausanne, na Suíça; o Museu Etnográfico Português em Sydney, na Austrália; o Museu Histórico Português em São José, Califórnia; e também na América, o Museu de Herança Madeirense em New Bedford.

Todos eles, espaços museológicos que são uma indubitável mais-valia na preservação e transmissão da memória da emigração portuguesa. Até porque, como alude Maria Beatriz Rocha-Trindade, no artigo Museus de Migrações – Porquê e para quem?, um “museu é, antes de tudo, um instrumento de educação e de difusão cultural destinado a criar referências, visíveis e concretas, que ultrapassem o fluir do tempo. Tanto os centros de pesquisa, que em regra os integram ou lhe estão associados, como os acervos que vão sendo constituídos produzem registos para memória futura”.

Daniel Bastos/MS

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