Olha, uma bica e o jornal, se faz favor!
Como as coisas mudaram… Será que foi para pior ou para melhor?

Era um hábito comum, logo pela manhã, a caminho do trabalho, a paragem no café era quase obrigatória. Assim começava o dia. Olha, faz favor, era uma bica e traga o jornal.
O empregado de mesa lá andava de mesa em mesa a passar o jornal. Ninguém se sentava sem antes o pedir. A leitura começava cedo. As pessoas procuravam informação, notícias. Ai daquele estabelecimento que não tivesse, pelo menos, um jornal disponível para os clientes se manterem informados. Os que podiam, compravam o jornal. Nos transportes públicos, poucos eram os que não tinham um jornal ou uma revista. E havia ainda os que tinham livros. Lia-se muito mais do que hoje. Não havia os pequenos aparelhos para “passar o tempo”. Quem tinha livros, na juventude, era até considerado chique. Andavam sempre com um livro na mão, para passar o tempo, fosse nas paragens de autocarro, nos autocarros, nos comboios, etc.
A forma de ocupar o tempo livre era muito diferente da de hoje. A leitura era algo comum. As bibliotecas tinham movimento. Hoje, vão-se usando mais para estudar, porque são locais silenciosos. Quem não podia ir à biblioteca, esperava que ela viesse até à freguesia. Não havia dinheiro para comprar livros, e os que tinham, quando terminavam, trocavam-nos com outras pessoas.
E hoje?
Hoje dizem que se usa o telemóvel para pôr a leitura em dia. Pode ser… mas duvido que seja com a mesma frequência de antigamente. E nem se faz o mesmo exercício cerebral que se fazia ao ler um jornal, uma revista ou um livro. Dizem os especialistas que, assim como o corpo precisa de atividade física regular, o cérebro também precisa de treino para se manter saudável. Neste caso, a leitura é dos melhores exercícios que há.
Além de tantos benefícios, ler ajuda a prevenir doenças como o Alzheimer ou até certas formas de demência. Dizem também que reduz o stress, (olá, eu devia ler um livro por dia… risos!).
Mas o mais importante é que, através da leitura, ficamos informados e talvez até mais próximos da realidade. Em vez de ouvirmos coisas que nada nos ensinam, a leitura exige atenção, e ensina-nos a ser mais atentos, a compreender melhor, a aprender.
A leitura amplia conhecimentos, seja sobre política, economia, ou até entretenimento. É importante ler! Até livros de anedotas nos ajudam a aprender para depois partilhar.
Meus caros leitores, a leitura melhora o nosso sentido crítico e ensina-nos a olhar o mundo de forma diferente, com outra visão.
Por tudo isto, aproveitem o tempo e façam viagens diárias pelas páginas de um bom jornal.
Se ainda não leu tudo, termine, se faz favor.
Bom fim de semana!
Augusto Bandeira/MS
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