Augusto Bandeira

O que vai mudar nas famílias? A maioria vai ficar mais pobre

pobreza - milenio stadium

 

 

Pouca atenção se dá, mas devemos de estar atentos, pode não ser deste lado, mas do outro pode afetar muita gente. Mas afinal o que vai mudar nas famílias? A maioria vai ficar mais pobre.

Os portugueses vão preparar o próximo ano com algumas curvas pelo meio, pelo que se tem ouvido depois da apresentação do Orçamento de Estado. Com a alta inflação os efeitos não são os melhores, a subida de juros e alguma perda de poder de compra para o próximo ano já se notam, isto os que lá vivem, mas também as famílias que se deslocam a terras portuguesas. Mais prejudicados são os que lá estão. Está na hora de fazer contas à vida para se conseguir ultrapassar o próximo ano – não vai ser um ano fácil para ninguém, tanto para quem trabalha por conta de outrem como para o próprio empresário, nem tudo é ouro.

Há coisas no Orçamento que a seguir vão custar caro aos contribuintes, isto é como ir às compras e pedir para assentar na sebenta, assim se fazia antigamente, só que mais tarde tem que se pagar. Neste Orçamento tem um pouco disso que a médio e curto prazo é benéfico e vai ajudar – e vai ajudar porquê? Porque vai ajudar a combater a crise que se vive com a inflação como está, mas hoje sai dos cofres do Estado e mais tarde vai entrar, ou seja, agora é tudo um mar de rosas. Vejamos então uma família que trabalha por conta de outrem e tem um rendimento inferior a 2.700 euros mensais e um crédito habitação, vai ter ajuda, mas uma ajuda bem gorda.

Outra medida que vai custar mais tarde é: um estudante universitário passa a ter um apoio específico para suportar custos de alojamento, os que vêm de famílias a receber o salário mínimo nacional, mas isto não se limita a estudantes com bolsa aprovada, vai ser para todos, pode chegar aos 288 euros mensais. No que toca a apoios sociais, tais como abono de família e quem recebe rendimento social de inserção, e outros subsídios, espera-se uma subida na média dos 35 euros. Alguns destes subsídios, o caso do RSI, foram criados pelos governos socialistas e só ajudaram a que mais pessoas deixassem de sair de casa para trabalhar, porque não compensava. Neste orçamento, mais uma vez, vai haver um aumento muito bom, assim cada vez mais pessoas pensam duas vezes antes de sair de casa para procurar trabalho. Todos sabemos que, como se diz em bom português, uns biscates de vez em quando, ao negro, mais o apoio social é um excelente ordenado e poucas vezes se sai de casa, isto acontece porque não há fiscalização. Na rubrica do Orçamento para os pensionistas eu concordo com o aumento, aqui até acho pouco, porque não acompanha a inflação e há um grupo de reformados que vão perder ainda mais o poder de compra. Neste Orçamento de Estado fala-se em aumentos entre os 3,5% e os 4,5%, estes aumentos podem ainda ser alterados se houver propostas que sejam aprovadas e tudo depende do valor da cada pensão. Como sabemos há pensionistas que vivem com as mãos apertadas, por isso mesmo esta é uma das boas medidas no Orçamento, que se pode considerar uma gota no oceano.

É tudo muito bonito, todos deviam consultar as propostas apresentadas, não se esqueçam que os orçamentos são apresentados e discutidos para ser aprovados. Está no site onde todos podem ver as boas e as más propostas no Orçamento. As consideradas grandes ajudas vêm para ajudar o que se vive atualmente, mas no futuro tudo se vai pagar. Também há aquelas que vêm para ajudar alguns que não precisam. Concordo com apoios sociais, mas há que haver mais fiscalização, também não concordo com as ajudas para as empresas que aumentem os ordenados aos seus trabalhadores, sem que primeiro se apresente uma forma de fiscalização. Não vão faltar as curvas na vida de cada um a tentar fugir aos perigos. Do pouco que se pode ver, o crescimento económico e as boas novas são desanimadoras, e trazem muito poucas novidades, tem algumas interessantes, mas longe do que devia ser para um crescimento económico, é um pouco do mesmo que se tem visto nos últimos anos. Temos sido um país muito abaixo, face aos restantes países europeus e se em baixo estamos lá vamos continuar, porque segundo grandes economistas este Orçamento não traz crescimento, e sem crescimento económico mantém-se o empobrecimento dos portugueses. Seja pensionista ou trabalhador com rendimentos baixos, ainda mais pobres vão ficar.
Divirtam-se e bom fim de semana.

 

Augusto Bandeira/MS

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