O que esperar a seguir? Qual será o pior?
Há quem chame a presidência de Donald Trump de “a idade de ouro dos EUA”. A tomada de posse foi marcada por momentos positivos e negativos. Trump assumiu o cargo com confiança e otimismo, garantiu no discurso inaugural que colocaria a América em primeiro lugar e anunciou o início de uma nova era. Todos estão à espera de mudanças significativas na forma de governar os Estados Unidos.
No entanto, os próximos anos não serão fáceis, especialmente para países aliados ou que dependam de ajudas norte-americanas. Apesar disso, é fundamental focarmos no futuro. Durante a posse, atitudes controversas deixaram muitos apreensivos, pois indicavam que qualquer coisa pode vir acontecer, as atitudes e a forma como Trump as apresenta são más e nada profissionais.
Como é costume nos EUA, novos presidentes geralmente emitem os chamados “perdões presidenciais”. No caso de Trump, ele assinou a libertação de indivíduos, alguns dos quais envolvidos na invasão do Capitólio durante a posse do ex-presidente Joe Biden. Para muitos, isso foi uma afronta à democracia norte-americana.
Houve momentos curiosos e até irónicos durante o evento. Algumas promessas de Trump, feitas em tom sério, geraram risadas entre os convidados, que aparentemente não acreditavam que ele conseguiria cumprir o que prometia. Como sempre, o Congresso tem um papel determinante, e as promessas de campanha nem sempre se traduzem em realidade. Entre as ideias mais polémicas de Trump estavam propostas como transformar o Canadá no 51º estado dos EUA ou assumir o controle do Canal do Panamá e da Gronelândia. Ideias exageradas que, felizmente, enfrentaram resistência internacional.
O aspeto económico também preocupa. As taxas sobre importações que Trump pode implementar podem afetar negativamente a economia de vários países, incluindo o nosso, o Canadá.
Outro episódio marcante foi o comportamento do seu aliado, Elon Musk, que gerou indignação ao fazer um gesto interpretado por muitos como uma saudação nazista. Em resposta às críticas, Musk ironizou dizendo que os críticos precisavam de “truques sujos melhores” e que a comparação com Hitler estava ultrapassada. Essas atitudes levantam desconfianças sobre a relação entre figuras de extrema-direita e empresários poderosos como Musk. É preocupante que Musk, que começou como empresário, agora tenha influência no governo. É fundamental que ele e outros não usem o poder político para interesses próprios.
Quanto às promessas de campanha, Trump já começou a cumpri-las. Na quarta-feira passada (22), assinou uma ordem executiva suspendendo a entrada de migrantes pela fronteira sul com o México, uma medida que ele justificou como forma de combater o crime. Além disso, enviou 1.500 soldados adicionais à divisa entre os dois países. Essas ações fazem parte de seus planos para uma operação de deportação em massa, o que pode preocupar comunidades de imigrantes, incluindo os portugueses ilegais que vivem nos EUA.
O novo governo americano traz incertezas. Enquanto aguardamos os desdobramentos, esperamos também por dias melhores.
Bom fim de semana!
Augusto Bandeira/MS
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