Não acreditem em quem só sabe viver da política

Mais vale alguém que faz pela vida e tem provas dadas do que aqueles que nada fazem e depois desviam. Neste mundo, só é criticado quem realmente trabalha.
Mais uma vez, uma história que se repete, esta semana, saiu uma notícia sobre uma senhora conhecida por ser anti-imigração que agora enfrenta uma condenação. Sim, falo de Marine Le Pen. Advogada de profissão, ela tem sido uma figura central, popular e, ao mesmo tempo, controversa na política francesa, desde que assumiu a liderança da Frente Nacional e disputou sucessivas eleições, o seu trajeto tem sido marcado por diversas polémicas, como diz o velho ditado: “Tantas vezes vai o cântaro à fonte que um dia acaba por partir.”
E foi exatamente isso que aconteceu. No início desta semana, Le Pen foi condenada pelo Tribunal de Paris por desvio de fundos do Parlamento Europeu, foi aos 56 anos cair na rede da justiça. É impressionante como tantas pessoas ainda acreditam em falsas promessas. Como todos sabem, ela sucedeu seu pai, Jean-Marie Le Pen, fundador do partido Frente Nacional, no entanto, ela seguiu as suas próprias estratégias, e, com tantas irregularidades, acabou desmascarada.
Se ainda temos boa memoria, ela contou com um empréstimo que veio da Rússia para se candidatar às eleições presidenciais francesas. Conseguiu um bom resultado, e, desde então, parece que o poder lhe subiu à cabeça, ao ponto de desviar dinheiro público. O que esperar de alguém que teve coragem de expulsar o próprio pai do partido que ele fundou? Não parece alguém que preze pela lealdade.
Mesmo com todas essas polémicas e sendo apenas uma populista, segundo as sondagens, Marine Le Pen liderava as intenções de voto para as eleições presidenciais francesas de 2027. Eu fico sem palavras, as novas gerações parecem não saber distinguir quem realmente trabalha para governar com qualidade daqueles que vivem exclusivamente da política. Há aqueles que se esforçam, conquistam o que têm e são criticados por isso, enquanto outros, que vivem de esquemas e rodeados de corruptos, continuam a ser ídolos, a política em vários países segue essa tendência preocupante. Como dizem, “os tempos modernos são para masoquistas” quanto mais mal se faz, mais se é admirado.
Temos um exemplo disso em Portugal, com partidos como o Chega. O caso de Le Pen, agora que está provado e julgado, deveria servir como ponto de partida para uma mudança na política francesa e também em países que seguem pelo mesmo caminho. Em Portugal, recentemente, vimos o Chega e o PS unirem-se para derrubar um governo legítimo, colocando os interesses políticos acima do bem-estar do país.
Que este cenário sirva de lição. Não acreditem em quem só sabe viver da política – acreditem em quem realmente sabe trabalhar.
Por hoje, tenho dito.Bom fim de semana!
Augusto Bandeira/MS
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