Eleições, mais eleições

Meus caros leitores, os debates terminam e começa a correria das ruas para a reta final: convencer o eleitorado em quem confiar. Uma coisa é certa: certo dia, um senhor que estava no poder há vários anos começou a ver as coisas no mau caminho, estavam-se a apertar e, então, decidiu colocar no seu manifesto eleitoral promessas que, na realidade, eram impossíveis de cumprir. Ele esqueceu-se de que o povo, nos dias de hoje, anda mais atento do que nunca, e não apenas pelas novas tecnologias. As pessoas já não acreditam em excesso de promessas.
Naquele ano, um candidato prometia construir novos campos de futebol, pistas de atletismo, centros de estágio, casas para todos os necessitados, pontos de atendimento abertos sete dias por semana, entre outros. Porém, esqueceu-se de mencionar que havia colocado a localidade numa situação muito frágil, com dívidas loucas e assustadoras. Deram o que não podiam e governaram em favor dos amigos, através de contratos vergonhosos, ao ponto de perderem o controlo.
Já o outro candidato nada prometeu de aliciante. Simplesmente falou com o povo e disse: Meus caros, farei o que for possível e darei a todos por igual. Governarei mediante as condições que encontrar, mas nunca deixarei que a nossa localidade atinja uma situação negativa perante o exterior. Em primeiro lugar, sempre a nossa gente. Não entrarei em loucuras ou em promessas que todos sabem ser impossíveis. Farei pelo bem.
História real. No final, as coisas inverteram-se: os que prometeram mundos e fundos, coisas nunca vistas, levaram uma lição de política. Já aqueles que falaram honestamente e disseram que fariam o possível, ganharam as eleições. Os outros enganaram-se.
Não vale a pena prometer o impossível, pensando que é assim que se arrecada votos. O povo, hoje, está muito atento, sabe ver as diferenças, acredita no que quer e vai buscar ao passado as dúvidas e certezas. Não adianta atirar areia nos olhos das pessoas. Líderes que se envolveram em caos e hoje não transmitem confiança, muitas vezes reunidos com pessoas pouco credíveis, não se iludam: o povo está acordado e tem boa memória.
A honestidade e a simplicidade fazem bons políticos. Já os críticos que vivem apenas para denegrir a imagem dos outros não têm futuro. Vivem numa inveja permanente do sucesso dos adversários e tentam manchar reputações. Isso acontece em tudo. Mas as verdades são como o azeite: vêm sempre à tona. Como diz o velho ditado: “Diz-me com quem andas, e eu te direi quem és.”
Meus caros leitores, não se iludam com promessas mirabolantes. Quem não tem cabras e vende cabritos, de algum lado os tirou. Isso serve para dizer que o candidato do PS a primeiro-ministro tem um pai excelente e, ao que parece, rico. Já o outro (Sócrates), era sustentado pela mãe… Meu Deus, como há políticos que derrubam governos que também estavam a governar, e depois esquecem-se de que têm telhados de vidro!
Pelo menos o atual governante, que foi derrubado, construiu toda a sua fortuna com grande esforço e trabalho. É honesto. Quando mudamos, precisamos ter a certeza de que será para melhor. Caso contrário, é melhor deixar estar quem já lá está.
A política tem coisas engraçadas. Nós, que votamos, somos uma delas.
Bom fim de semana!
Augusto Bandeira/MS
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