Augusto Bandeira

Continuação da lição anterior…

milenio stadium - portugal lição

 

Era isto que se ouvia nas aulas seguintes. Em Portugal, tudo voltou ao mesmo no que diz respeito à vida política. Uma retirada aqui outra ali, e vai-se governando.

Os partidos estão todos envelhecidos, a percentagem de deputados eleitos é mais do mesmo, caras novas há poucas e juventude para dar continuidade ainda menos. Para fazer prova disto basta olhar para o PCP – será que não era tempo de mudar de liderança, ou os lugares no PCP ficam garantidos até ao fim da vida de cada um? Estranho, mas o mesmo se vê um pouco por quase todos os partidos que vêm do passado. No PS, por exemplo, pouca juventude foi eleita. Mas afinal de onde vieram os votos para os partidos como o CHEGA e IL? Pode haver algum engano, mas os do CHEGA são votos de protesto. Sempre houve este tipo de votos só que não havia representante e agora há, por isso os que adoram protestar votam em quem os representa e em Portugal é o CHEGA. Será que é um partido para ficar ou nasce e a durabilidade é curta? Já se viu partidos a nascer e chegarem a terceira força política e morreram em pouco tempo. Todos se lembram do PRD, “Partido Renovador Democrático” que nasceu com ajuda da imagem de Ramalho Eanes. Foi terceira força política e pouco depois “foice”… acabou tudo. Podemos a curto tempo ver algo parecido, ou não, porque os que protestam precisam de representação. Mas voltando para a juventude, a IL é claramente um partido da juventude, e ao olhar para estas eleições dá-me a entender que a juventude está mais à direita do que os mais velhos, e repare-se na IL que apostou forte na juventude, o que parece faltar a outras forças políticas.

Há aqui uma coisa muito importante, a esquerda tem a maioria nos próximos quatro anos, mas está muito envelhecida, tem um conjunto de eleitores presos ao poder, não se veem renovações. Já a IL foi a que captou mais jovens a votarem no partido, as cenas do próximo capítulo podem a vir a ser importantes.

Com esta maioria dada por engano ao PS, pode-se desenhar um funeral no final do mandato, isto é, como o Marcelo agora pouco trabalho vai ter, vai ter de ser ele a fazer oposição ao governo e basta ele fazer ao Costa o que Mário Soares fez a Cavaco Silva, numa das maiorias do PSD, (enterrou o PSD). É isso que tem de fazer para que haja controlo nos dinheiros, porque Portugal infelizmente é dos países que mais depende dos dinheiros europeus, é um pouco triste dizer, mas é uma verdade. Assim sendo e para que os catedráticos nas andanças não abusem do poder, o Marcelo tem que ganhar força necessária para sair para a rua e fazer oposição a Costa, mostrando os problemas do socialismo a partir de uma perspetiva de direita. Como ele faz parte da família e foi sempre um crítico, quando era comentador, agora vai ter tempo para dar uns passeios pelo país, pode-lhe chamar presidência aberta, e mostrar as desgraças que não estão a ser feitas, atacando o Sr. Costa. Vai ter que ganhar coragem, porque o Costa vai mostrar ao país o lado positivo, isto é, aquilo que lhe convém.

O Marcelo pega na trotinete e mostra o lado negativo, tipo, ir a um hospital e mostrar o caos socialista, tendo sido uma das promessas de melhorar, que não vai conseguir concluir. Vai ter de mostrar aos portugueses que o SNS, afinal, continua de mal a pior, porque o governo com a maioria que tem, não vai dar ouvidos a nenhum partido da oposição. António Costa disse em alto e bom som que o diálogo era a forma como ia governar, ouvindo todas as forças políticas. Mais uma mentira, por isso mesmo o Marcelo vai ser obrigado a encontrar força, porque o seu lugar na história vai depender deste duelo com Costa. Se assim não for não passará de um objeto decorativo. Como ele adora ficar na história, quase que estou a ver o Marcelo a dar uns gritos pelo país fora a mostrar, mais uma vez, as desgraças em que a maioria vive.

Como estamos em vésperas do dia de São Valentim, Feliz Dia dos Namorados para todos.
Bom fim de semana.

Augusto Bandeira/MS

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