Condições de vida, como se vive nos dias de hoje

Vivemos num mundo onde, cada vez mais, nos deparamos com situações inaceitáveis, a desigualdade social é uma realidade que persiste, com algumas pessoas a enfrentar dificuldades extremas enquanto outras vivem com mais conforto. Mas será que um dia haverá uma solução para tanta desigualdade? Ou será o próprio ser humano o responsável por esta miserável situação? Essas são questões difíceis de responder.
O que podemos, sim, combater é a falta de respeito pelo ser humano, muitos trabalhadores migrantes, na esperança de melhores condições de vida, acabam explorados e abandonados à própria sorte, devemos fiscalizar rigorosamente a forma como essas pessoas são trazidas para o mercado de trabalho, garantindo que tenham condições dignas de vida. Ninguém merece ser abandonado e obrigado a viver em condições precárias, como temos visto em várias zonas da Grande Lisboa, infelizmente, essa realidade não se limita a Portugal, é um problema global, e poucas medidas concretas são tomadas para controlá-lo.
Atualmente, há famílias inteiras a viver em barracas sem eletricidade, água potável ou saneamento básico, muitas dessas habitações improvisadas são apenas quatro paredes frágeis cobertas por chapas de metal. Entre essas pessoas, há crianças que poderiam ter um futuro promissor se tivessem as condições adequadas. Recentemente, imagens exibidas na televisão mostraram uma realidade chocante e assustadora.
A situação habitacional na Área Metropolitana de Lisboa tem-se agravado, com um aumento de casas ilegais, para quem não conhece, Lisboa é uma das cidades mais bonitas da Europa, mas, hoje, enfrenta problemas sociais profundos. Há cerca de dois anos, terrenos privados foram ocupados, e agora a responsabilidade recai sobre as câmaras municipais, acusadas de não oferecerem soluções eficazes, mas será justo atribuir-lhes toda a culpa? Independentemente da cor partidária, é importante lembrar que os bairros de barracas mais povoados estão em concelhos como Loures e Almada.
Além disso, algumas câmaras já anunciaram planos de demolição dessas habitações, mas para onde irão essas famílias? Muitos dos moradores dessas barracas vieram para Portugal para trabalhar, especialmente no setor agrícola, foram atraídos por agências que, irresponsavelmente, alugaram terrenos para montar essas moradias miseráveis, essas empresas deveriam ser responsabilizadas, assim como aqueles que permitiram a entrada dessas pessoas sem garantir que iriam ter condições dignas de vida, tipo onde viver com o mínimo de condições.
É revoltante ouvir mães dizerem que trabalham, pagam impostos, mas ainda assim não conseguem garantir um prato de comida para os filhos, viver numa barraca, enfrentar o frio e acabar no hospital por causa disso é uma realidade desumana e inaceitável nos dias de hoje.
É verdade que existem aqueles que não fazem esforço para melhorar a qualidade de vida e apenas esperam por auxílio, mas não se pode tratar todos da mesma forma, os que foram enganados e explorados não merecem ser descartados, precisamos de mais fiscalização na contratação de mão de obra e de medidas que impeçam o aluguer de terrenos para a construção de barracas sem conhecimento dos proprietários e das câmaras.
Como diz um velho ditado. “Não faças aos outros o que não queres que façam a ti.”
Bom fim de semana!
Augusto Bandeira/MS
Redes Sociais - Comentários