Augusto Bandeira

Afinal, querem segurança ou insegurança?

Mais uma vez, a esquerda parece perdida, sem saber o que fazer.

Organizada por partidos de esquerda e por comentadores que parecem distantes da realidade e dos factos concretos, a manifestação que reuniu milhares de pessoas no sábado (11), em Lisboa, levanta uma questão essencial: afinal, protestavam contra o quê? Ficou evidente que o objetivo do protesto era condenar a atuação da Polícia de Segurança Pública (PSP) durante a operação realizada no mês passado no Martim Moniz. Recordemos que essa operação foi marcada pela imagem de imigrantes alinhados contra uma parede durante uma rusga policial.

Esse tipo de ação, contudo, não é novidade e já foi realizado sob outros governos. A própria legislação que regulamenta tais operações foi aprovada durante mandatos de governos socialistas. Curiosamente, durante a manifestação, era possível identificar rostos conhecidos de membros do anterior governo, o que evidencia uma atitude contraditória e constrangedora. É lamentável que políticos se posicionem contra as forças de segurança, sugerindo, de forma infundada, que o atual governo ou a câmara municipal promovem discriminação contra imigrantes.

É essencial compreender o contexto e a necessidade das operações policiais antes de condená-las. Do outro lado, houve também uma manifestação organizada pelo Chega que, na minha opinião, foi igualmente desnecessária. Ambas as manifestações serviram apenas para descredibilizar as forças de segurança, em vez de fortalecer a confiança pública nelas.

É importante destacar que a manifestação de partidos de esquerda foi acompanhada por discursos de políticos cujo teor, em vez de contribuir para o debate, foi mais na procura de protagonismo. Como consequência, logo no dia seguinte à manifestação, ocorreu uma rixa próximo do Martin Moniz que resultou em sete feridos e na apreensão de armas brancas. Tal episódio reforça a importância da presença policial e do cumprimento da lei.

O primeiro-ministro, ao comentar sobre as manifestações, foi preciso: referiu que “os extremos saíram à rua” e enfatizou o papel moderador do PSD na sociedade. Estas palavras são acertadas, pois demonstram que tanto a extrema-esquerda quanto a extrema-direita falharam em respeitar as forças de segurança e o ideal de um país mais seguro.

A operação no Martim Moniz não foi uma ação discriminatória contra imigrantes, mas uma intervenção de rotina, como já ocorreu em mandatos do PS. É intrigante que partidos de esquerda, agora na oposição, critiquem ações que, quando no governo, não hesitaram em implementar ou manter. Se realmente fossem contrários a essas práticas, poderiam ter alterado as leis enquanto tinham apoio parlamentar do PCP e do BE, mas não o fizeram. Isto dá para pensar no tipo de políticos que por vezes se apoia, são mais populistas e sem experiência política para nos governarem.

Durante a semana, assisti a debates no pequeno ecrã. Um dos comentadores, que esteve entre os organizadores da manifestação, revelou pouca capacidade de argumentação e foi refutado, (quero com isto dizer que lhe baixou a voz ao apresentar contradições reais), por um ex-secretário de Estado, que apresentou dados e estudos concretos. Esses números evidenciam o aumento da criminalidade durante governos de esquerda e expõem a realidade que muitos preferem ignorar.

É com informação clara e honesta que se abrem os olhos dos portugueses. A história recente de países vizinhos mostra como discursos inflamados e sem responsabilidade podem abrir espaço para extremos indesejáveis. Que Portugal permaneça atento aos que desejam o poder a qualquer custo.

Um bom fim de semana a todos.

Augusto Bandeira/MS

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