Augusto Bandeira

A pandemia vai continuar, por isso mais vale acordar

Mais um ano a terminar e as coisas impostas pela pandemia a continuar.

E o associativismo com prolongamento dos problemas.

Passados alguns meses, quase dois anos, a pandemia mandou e fez com que o associativismo se adaptasse a novas vidas e muitas mudanças houve nas pessoas. Hoje ouvem-se muitos cidadãos, que frequentavam regularmente alguns clubes, que hoje dizem que não têm planos para um regresso a curto prazo, não se sentem confiantes nem seguros. Era o que se esperava, muitos se calhar nunca mais voltam ao hábito do passado, e a realidade está à vista – muitos encerraram portas para sempre, outros desvincularam-se das sedes, outros estão na balança tremida, outros estão como se não existissem, calados, sem atividades e confortáveis com as contas. Nem notícias são enviadas aos sócios, parece mais uma gestão de família, isto é mesmo à portuguesa. Muitos com muita pouca qualidade na forma de gerir um clube, desculpem a minha opinião, mas nem vale a pena usar nomes, está à vista. Rompem-se esquinas a criticar, mas na frente ninguém diz as verdades, há muita boa gente a criticar, mas como fica mal dizer as coisas essas mesmas pessoas falam para dentro e o mais engraçado é que quando se encontram é só abraços e beijinhos. Eu como sempre andei de cabeça bem levantada não faço parte e nem concordo falar nas costas das pessoas. Todos sabem que se atravessa uma fase muito crítica para todos, mas há formas de contactar e até de se organizar eventos, mas para isso há que haver vontade de trabalhar. Assim vai a vida de alguns dos clubes. Não podemos deixar de ajudar dentro das possibilidades de cada um, os clubes não têm culpa da falta de capacidade de algumas gerências.

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Créditos: DR.

Mas nem tudo é negativo. Temos clubes na comunidade que sempre estiveram ativos, mesmo na fase mais crítica, sempre deram informação e enviavam correspondência a informar os sócios e, até a pedirem sugestões, enviavam informações sobre as contas… isso é boa comunicação e saber gerir, procurar o melhor para o clube e não para os diretores. Foram muitos, com muito profissionalismo, que deram a cara a publicar as dificuldades e assumir que era impossível continuar com sedes abertas, isto chama-se saber estar. Era nesta altura que alguns podiam fazer união, passava a haver mais massa crítica e mais voluntariado disponível. Neste campo o futuro não traz boas notícias, vai ser cada vez mais difícil conseguir-se pessoas com disponibilidade para ajudar, uns porque a idade já não permite, outros porque a pandemia ensinou-os e levou-os para uma vida diferente que agora não trocam. É em alturas de dificuldades que se fazem bons projetos para melhorias, mas isto é a minha opinião. Que valor tem haver um símbolo e nada fazer pela região, ou pouco fazer? Então será melhor unidos e distribuir tarefas por regiões, mas em grupo. Nada acaba e a força é maior, mas como já disse no passado, muitos perdem os títulos e aí mais vale nada fazer e continuar com os títulos, porque para muitos é uma grande coisa.

Mas também há os que continuam a projetar em grande e nunca pararam de trabalhar, sempre atentos a tudo e a novidades e sempre na defesa das regiões que representam. Como sabem existe um clube na comunidade que representa todas ou quase todas as regiões do país. Um excelente grupo a trabalhar em prol da defesa das tradições e com informação aos sócios sempre atualizada. Chama-se a isto gerir um clube com qualidade. Todos em geral merecem os parabéns pelo feito, uns mais pela negativa outros pela positiva, pode-se ver que pela positiva, durante a pandemia, destacam-se os que têm mais massa crítica, representam uma região em massa e não uma vila, cidade, ou até distrito. Hoje tem que ser em grande, estes são os que se destacam e está provado, merecem mais respeito e até mais ajudas porque mostram trabalho, que continuem a pensar positivo quanto mais fortes mais ajudas conseguem.

Não perdi muito tempo, mas sempre atento ao que se passava em termos associativos, admirei muitos e passei a conhecer melhor outros e, na realidade, nada me surpreendeu, basta sentir a aragem que logo se vê a carruagem, já que sempre habituaram a comunidade com grandes projetos. Mais um em grande que acabaram de apresentar, foi o último projeto lançado pelo PCCM – muitos parabéns pela coragem na organização para conseguir entrar no Guinness World Records com o maior número de pares a dançar o vira do Minho. Estou convicto que conseguem concretizar este projeto, muitos parabéns e é assim que se trabalha em grupo e com qualidade. Espero que a comunidade responda e adira a esta iniciativa. O clube merece pelo trabalho até hoje apresentado.

Parece que a pandemia vai continuar a mandar, por isso mais vale acordar.

Bom fim de semana.

Augusto Bandeira/MS

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