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Vacinas da Pfizer e Moderna eficazes em grávidas e recém-nascidos

A health worker administers a dose of the Pfizer-BioNtech COVID-19 coronavirus vaccine to a pregnant woman at Clalit Health Services, in Israel’s Mediterranean coastal city of Tel Aviv on January 23, 2021. – Israel began administering novel coronavirus vaccines to teenagers as it pushed ahead with its inoculation drive, with a quarter of the population now vaccinated, health officials said. (Photo by JACK GUEZ / AFP)

Investigadores de instituições do Estado norte-americano de Massachusetts concluíram que as vacinas com a tecnologia RNA mensageiro (mRNA) são altamente eficazes na produção de anticorpos contra o Sars-CoV2 em grávidas, lactantes e recém-nascidos.

O estudo, publicado no boletim científico “American Journal of Obstetrics and Gynecology”, refere-se às vacinas da Pfizer/BioNTech e da Moderna, em que é introduzido no corpo um mensageiro de ácido ribonucleico (mRNA na sigla em inglês), que contém informação genética sobre o vírus, que “dá instruções” ao organismo para a produção de anticorpos.

Da análise feita a 131 mulheres em idade reprodutiva, 84 grávidas, 31 lactantes e 16 não grávidas, que receberam uma das vacinas com mRNA, foi possível concluir que os efeitos secundários após a vacinação foram raros e que os níveis de anticorpos induzidos pela vacina eram equivalentes nos três grupos observados.

“Esta notícia de excelente eficácia da vacina é muito encorajadora para mulheres grávidas e lactantes, que ficaram de fora dos ensaios iniciais da vacina contra a covid-19”, disse a coautora do estudo Andrea Edlow. Para a especialista em medicina materno-fetal, “preencher as lacunas de informação com dados reais é fundamental”.

Recém-nascidos receberam anti-corpos

A equipa também comparou os níveis de anticorpos na gravidez induzidos pela vacinação com os induzidos pela infeção natural com covid-19 e encontrou níveis significativamente mais elevados de anticorpos da vacinação.

Os anticorpos gerados pela vacinação também estiveram presentes em todas as amostras de sangue do cordão umbilical e de leite materno usadas no estudo, mostrando a transferência de anticorpos das mães para os recém-nascidos.

“Temos agora provas claras de que as vacinas contra a covid-19 podem induzir imunidade que irá proteger os bebés”, salienta outra das coautoras do estudo e investigadora do Instituto Ragon, Galit Alter, também citada na nota de imprensa.

A investigadora espera que a análise feita possa servir de incentivo para que as farmacêuticas incluam nos seus estudos clínicos as grávidas e mulheres a amamentar. “Esperamos que este estudo possa ser um catalisador para os criadores de vacinas reconhecerem a importância da análise de grávidas e lactantes e as incluam em ensaios”, enfatizou Galit Alter.

A investigadora adiantou que as farmacêuticas devem ter em consideração que “a gravidez é um estado imunológico distinto, onde duas vidas podem ser salvas simultaneamente com uma poderosa vacina”.

Segundo o mesmo estudo, os níveis de anticorpos de mucosa (IgA) após a segunda dose são mais elevados com a vacina da Moderna, em comparação com o medicamento da Pfizer. “Esta descoberta é importante para todos os indivíduos, uma vez que a SARS-CoV-2 é adquirida através de superfícies de mucosa como o nariz, boca e olhos”, destaca a primeira autora do estudo e obstetra do Brigham and Women’s Hospital, Kathryn Gray.

JN

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