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UNICEF pede proteção para crianças e adolescentes na onda de protestos no Irão

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TOPSHOT – A demonstrator with an Iranian flag and red hands painted on her face attends a rally in support of Iranian protests, in Paris on October 9, 2022, following the death of Iranian woman Mahsa Amini in Iran. – NGO Iran Human Rights (IHR) has counted 95 deaths in the repression of protests following the death of Amini, 22, who died in custody on September 16, 2022, three days after her arrest by the police in Tehran for allegedly breaching the Islamic republic’s strict dress code for women. (Photo by JULIEN DE ROSA / AFP)

 

A agência da ONU para a infância apelou esta terça-feira às autoridades iranianas para que garantam a proteção das crianças, face a notícias da morte e detenção de jovens nos protestos em curso no Irão.

A organização não-governamental (ONG) Iran Human Rights, com sede em Oslo, disse que 19 crianças estão entre os 185 mortos nos protestos contra a morte da jovem Mahsa Amini, depois de ter sido detida por uso indevido de um lenço na cabeça.

“Estamos extremamente preocupados com as contínuas notícias de crianças e adolescentes mortos, feridos e detidos no meio da agitação pública que se verifica no Irão”, disse a diretora executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Catherine Russell.

Numa declaração divulgada pela organização, Russel manifestou-se também preocupada com o impacto nas crianças da violência que testemunharam nas ruas ou através dos meios de comunicação social. Russell disse que a violência contra as crianças é indefensável e apelou para a sua proteção, “incluindo em conflitos e eventos políticos”

“Fazemos eco do apelo do secretário-geral da ONU, António Guterres, às autoridades para que ‘se abstenham de utilizar força desnecessária ou desproporcionada'”, disse Russell, citada pela agência espanhola Europa Press. Russel defendeu ainda que “as crianças e adolescentes devem poder exercer os seus direitos de forma segura e pacífica em todos os momentos”.

Mahsa Amini, 22 anos, morreu em 16 de setembro, num hospital de Teerão, três dias depois de ter sido detida pela polícia de moralidade por alegadamente usar o lenço na cabeça de uma forma que se podia ver o cabelo.

Criada em 2005, esta unidade funciona como a polícia religiosa que zela pelo cumprimento do código de vestuário islâmico, em particular o uso do hijab, o véu que deve cobrir a cabeça e o pescoço das mulheres.

A polícia negou as alegações de tortura de Amini e a Organização de Medicina Legal do Irão disse, na semana passada, que a sua morte não se deveu a qualquer “golpe na cabeça ou órgãos vitais do seu corpo”. Segundo a mesma organização, a morte de Amini foi causada por uma “falência múltipla de órgãos” resultante de um problema cardíaco devido a uma patologia anterior, alegações que são recusadas pela família.

O líder supremo do Irão, o ayatollah Ali Khamenei, acusou os Estados Unidos e Israel de estarem a fomentar a agitação no país. “Digo explicitamente que estes motins e incidentes de segurança foram engendrados pelos Estados Unidos e pelo falso e usurpador regime sionista”, disse Khamenei, referindo-se a Israel.

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