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UNICEF alerta para crise alimentar infantil na Síria após 13 anos de guerra

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Children stand on the rubble of a collapsed building in the aftermath of the February 6 deadly earthquake that hit Syria and Turkey, in Jindayris in northwestern Syria on February 19, 2023. (Photo by Bakr ALKASEM / AFP)

 

A UNICEF advertiu, esta quarta-feira, para o aumento do risco de subnutrição para milhões de crianças na Síria, no dia em que a guerra civil no país entra no 13.º ano.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) alertou para a continuação de “graves violações dos direitos das crianças”, realçando que, desde o início da guerra, cerca de 13 mil crianças foram mortas ou feridas na Síria.

Segundo a ONU, mais de 609.900 crianças com menos de cinco anos sofrem de atrasos de crescimento resultantes da subnutrição crónica. “Os níveis de subnutrição estão a aumentar”, afirmou a UNICEF, num comunicado.

A organização destacou também a “crise económica sem paralelo” no país, com 90% das pessoas a viver na pobreza.

Os sismos de 6 de fevereiro – que atingiram o norte da Síria e o sudeste da vizinha Turquia – agravaram este contexto, com muitas famílias deslocadas e a viver em condições precárias em abrigos e campos temporários, afirmou a UNICEF.

“As crianças da Síria não podem esperar mais. Após anos de conflito e dois sismos catastróficos, o futuro de milhões de crianças está por um fio”, afirmou a diretora regional da UNICEF para o Médio Oriente e norte de África, Adele Khodr, citada no comunicado.

Antes dos sismos, cerca de 6,81 milhões de crianças na Síria não tinham acesso a serviços básicos de saúde.

O impacto da tragédia aumentou a pressão sobre os serviços de saúde pública e sobre a prestação de cuidados de saúde, enfatizou a organização.

“Temos de responder às necessidades das crianças onde quer que elas se encontrem em toda a Síria e apoiar os sistemas que sustentam os serviços essenciais de que tão desesperadamente necessitam”, concluiu Adele Khodr.

A UNICEF lançou um pedido de 172,7 milhões de dólares (160,85 milhões de euros ao câmbio atual) para prestar assistência humanitária a 5,4 milhões de pessoas afetadas pelos sismos na Síria.

Desencadeado em março de 2011 pela violenta repressão do regime do Presidente sírio, Bashar al-Assad, de manifestações pacíficas, o conflito na Síria ganhou ao longo dos anos uma enorme complexidade, com o envolvimento de países estrangeiros e de grupos ‘jihadistas’, e várias frentes de combate.

Num território bastante fragmentado, o conflito civil na Síria provocou, desde 2011, mais de 490 mil mortos e milhões de deslocados e refugiados.

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