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Resgate dos 10 mineiros no México adiado após subida do nível da água

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Aerial view showing the site where rescue personnel are try to reach 10 miners that have been trapped in a flooded coal mine since August 3, in the community of Agujita, Sabinas Municipality, Coahuila State, Mexico, on August 15, 2022. – Mexican authorities announced Monday a plan to seal leaks into a coal mine where 10 workers have been trapped for more than a week, after renewed flooding dealt a major setback to rescue efforts. (Photo by Pedro PARDO / AFP)

 

O resgate dos 10 mineiros que estão presos desde o dia 3 de agosto numa mina inundada foi adiado mais uma vez, após o nível das águas de três poços ter subido repentinamente no domingo. As autoridades do México estão a trabalhar num novo plano para vedar os vazamentos da mina, informou nesta segunda-feira o governo.

Os mineiros ficaram presos quando uma parede de um túnel desabou e a água de uma câmara adjacente jorrou nos três poços. As autoridades afirmam que para os socorristas poderem ir ao encontro dos mineiros a água tem que estar a um nível de 1,5 metros. Contudo, uma brusca e inesperada subida de mais de 20 metros do nível da água, no domingo, levou a que o resgate fosse mais uma vez adiado.

Miguel Riquelme, governador de Coahuila, local onde se encontra a mina, afirma que os engenheiros estão ​​​à procura da fonte de vazamento para tentar bloqueá-lo o mais rapidamente possível. O governador disse ainda que a água estava a fluir para os poços de uma mina próxima, que está desativada.

Devido à abrupta subida da água, foi criada uma nova estratégia que pretende parar a inundação da mina de carvão Conchas Norte na El Pinabete, na comunidade de Agujita (estado de Coahuila), onde se encontram os mineiros, informou Laura Velázquez, diretora da agência de proteção civil do México

O plano é “fazer 20 furos de 15 centímetros, a 60 metros de profundidade, nas galerias das Conchas Norte”, além de injetar cimento através desses furos “para a sua vedação” afirmou Velázquez, acrescentando que a nova estratégia requer um tipo “especial” de cimento que será levado ao lugar do resgate. Os trabalhos começaram na terça-feira, mas ainda não se sabe quanto tempo levará para realizar a vedação.

Até agora, mais de 200 milhões de litros de água foram bombeados dos poços, mas vários contratempos dificultaram a operação de resgate.

Desde o dia do acidente, não há sinais de que os trabalhadores estejam vivos.

Ainda foi realizada uma busca com a ajuda de um drone submarino, mas, devido à profundidade, não foi possível encontrar nada.

Todos estes contratempos deixam as famílias das vítimas exasperadas por não terem informações dos seus entes queridos. “Queremos que eles (autoridades) nos digam o que está a acontecer: se identificaram os lugares por onde a água está a passar e porquê”, disse um membro da família do mineiro Sergio Cruz à agência de notícias Reuters.

Segundo Velázquez, há “quase dois milhões de metros cúbicos (2 mil milhões de litros) nas galerias da mina de Conchas Norte, abandonada há 30 anos. Dois milhões de litros de água vazaram desta mina para El Pinabete, enquanto as bombas das equipas de resgate só conseguem retirar 371 litros por segundo.

As chuvas fortes desde a madrugada desta segunda-feira sobre o município de Sabinas, também prejudicaram as buscas. Aquilo que seria uma boa notícia para os habitantes da região que estavam a passar por uma seca severa, tornou-se um pesadelo para os familiares dos 10 mineiros presos.

O aumento abrupto da inundação no domingo, e a chuva persistente, enfraqueceu as esperanças dos familiares dos mineiros, que expressaram “desespero” diante do lento progresso de resgate e desconfiança em relação à liderança da operação.

“Gostaríamos que colocassem mais e mais bombas para que meu irmão pudesse sair”, afirmou Cabriales, irmã de um dos mineiros.

O novo plano foi atrasado pelas chuvas que amoleceram a terra e produziram lama, dificultando o movimento de camiões e máquinas pesadas.

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