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Renault 5 E-Tech: aí está o mais chique do mercado

É um dos citadinos mais esperados do ano. O sucessor do icónico R5, que acrescenta E-Tech ao nome, anuncia uma autonomia de 410 quilómetros e tem uma estética arrebatadora. Até no Mónaco fez virar cabeças à sua passagem…

A escolha da cosmopolita cidade francesa de Nice para os primeiros ensaios dinâmicos do R5 não foi inocente, assim como a escolha do verde e amarelo para os automóveis a conduzir pelos jornalistas.

Impossível andar 100 metros sem ver polegares no ar, em sinal de aprovação, e não esquecemos o condutor de um Bentley a parar ao nosso lado só para melhor apreciar o R5.

O trajeto escolhido pela Renault, sempre em estrada de bom ou razoável piso, e com troços de curvas bem retorcidas, já deu para tirar algumas conclusões, ainda que se deva ressalvar que o piso molhado impôs contenção no acelerador.

E, não que este 5 seja um desportivo, mas os 150 cavalos da versão que primeiro estará disponível em Portugal, aliados a um centro de gravidade muito baixo, e um belo acerto da suspensão deixam adivinhar belos momentos de condução.

Os relativamente poucos quilómetros feitos e o facto de ao volante alternarem dois jornalistas, com formas de condução diferentes, impediram-nos de validar os 410 quilómetros declarados pela marca.

Mas agradou-nos o silêncio a bordo, sinal de um eficaz trabalho de insonorização, a qualidade dos materiais e da sua montagem, o sistema multimédia OpenR Link com Google incorporado e o avatar Reno, um simpático auxiliar, que nos permite realizar diversas tarefas apenas com um comando de voz, como abrir e fechar janelas ou controlar a temperatura ambiente.

Nota para a forma original que a Renault encontrou para indicar a carga da bateria. Um “5” luminoso no capot (no local onde os R5 tinham uma entrada de ar) com cinco barras, cada uma correspondendo a 20% da carga.

Pela negativa destacamos a ausência de pegas para os passageiros e da posição P (Parking) na alavanca no volante, sendo que para acionarmos o travão de mão temos de premir uma tecla não muito acessível na consola central. Pela modernidade deste R5 também achamos que era altura da marca arranjar uma solução mais estética para os comandos de som, implantados num satélite à direita do volante, onde coexistem com a alavanca das velocidades e dos limpa-para-brisas.

Versões

As versões Techno e Iconic  são as primeiras disponíveis para encomenda, estando ambas equipadas com uma bateria de 52 kWh, e uma autonomia de até 410 km WLTP.

Ambas têm um motor elétrico de 150 cavalos, concebido pela Ampere, que permite acelerar dos 0 aos 100 km/h em oito segundos e atingir uma velocidade máxima (auto-limitada), de 150 km/h.

Destaque para o novo carregador bidirecional de 11 kW CA (Corrente Alternada) com a função VL2, que permite carregar outro dispositivo, como uma trotinete elétrica ou um portátil.

O carro tem, ainda, uma tomada de 100 kW DC (Corrente Contínua) para estações de carregamento rápido, fazendo com que demore 30 minutos para carregar dos 15 aos 80%.

Estas versões estão equipadas, de série, com bomba de calor, climatização automática, jantes Techno e Chrono de 18”, câmara de marcha-atrás, regulador de velocidade adaptativo e dois ecrãs horizontais com um painel de instrumentos digital de 10” e um ecrã central de 10,1”, com o já referido sistema multimédia OpenR Link. A versão Techno custa a partir dos 33 mil euros e a iconic 5 tem um preço base de 35 mil.

Em 2025 chegarão a Evolution, a série especial Roland-Garros e a mais barata Five, que deverá custar menos de 25 mil euros, tendo 300 quilómetros de autonomia.  As pré-vendas começaram e, em Portugal, já há 3700 interessados no R5 E-Tech.

JN/MS

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