MundoBlog

Polónia declara Rússia como “regime terrorista”

FILES-RUSSIA-HISTORY-POLITICS
(FILES) In this file photo taken on October 26, 2002 A Russian special forces officer sits atop of his APC, as buses (in the background)carrying released hostages leave the scene 26 October 2002 of the Dubrovka theater in Moscow, where Chechen separatists were holding some 700 theatre-goers hostage since 23 October. Russian security forces used gas in the early stages of the assault on the theatre, two of the rescued hostages said on Moscow Echo radio. AFP PHOTO ALEXANDER NEMENOV. – Twenty years after Chechen separatists seized a crowded theatre in Moscow — spurring a hostage standoff that ended with over one hundred dead — the survivors are haunted by the memories and plagued by unanswered questions. On October 23, 2002 — as the second Chechen war was raging in southern Russia — armed militants burst into Moscow’s Dubrovka theatre during a sold-out performance of the musical “Nord-Ost.” Demanding the withdrawal of Russian troops from Chechnya, a predominantly Muslim republic in the North Caucasus, the attackers held 900 people for three nights until Russian forces stormed the theatre in the early hours of October 26, 2002. (Photo by Alexander NEMENOV / AFP)

 

O Senado polaco aprovou, esta quarta-feira, uma resolução que declara a Rússia como um “regime terrorista” e pede à comunidade internacional que investigue os seus alegados crimes de guerra na Ucrânia.

No texto, apoiado por todos os senadores, consta que “os invasores russos” são “bandidos” que “aterrorizam os ucranianos bombardeando alvos civis: creches, escolas, teatros e conjuntos habitacionais”, e que “torturam e assassinam prisioneiros de guerra” nos territórios ocupados.

A declaração da câmara alta do parlamento polaco é destinada a “todos os países do mundo livre” que “acreditavam que nunca seriam ameaçados por um genocídio”, mas a quem o Presidente russo, “Vladimir Putin, e a sua comitiva terrorista voltaram a apresentar as práticas cruéis dos estalinistas e dos regimes nazis”.

O documento refere também o “sequestro de crianças ucranianas para as criar (como russas)” e a “deportação e realocação de cidadãos ucranianos para os ‘confins’ da Rússia”.

“O Senado da República da Polónia condena veementemente a agressão russa e pede a todos os países a favor da paz, democracia e direitos humanos que reconheçam o governo da Federação Russa como um regime terrorista”, afirma o documento.

Varsóvia adotou em setembro impedimentos à entrada no seu território de cidadãos russos “por razões de segurança nacional” e “pelo aspeto moral da guerra”, admitindo como únicas exceções a receção de “dissidentes e casos humanitários, familiares, diplomatas e viajantes em trânsito de e para o enclave russo de Kaliningrado“.

Vários membros do Governo polaco e do partido no poder, o Lei e Justiça (PiS), manifestaram-se recentemente a favor da construção de um muro fronteiriço ao longo da fronteira com a região de Kaliningrado.

O vice-ministro do Interior polaco, Bartosz Grodecki, afirmou, em 15 de setembro, que “a fronteira com a Rússia deve ser reforçada” porque aquele país é “um vizinho instável” que “comete atos de terrorismo contra os seus vizinhos”.

Já há duas semanas, a assembleia parlamentar do Conselho da Europa apelou aos 46 Estados-membros para que considerassem a Rússia como um “Estado patrocinador do terrorismo”.

A resolução foi aprovada com apenas uma abstenção, minutos após um discurso emocionado do Presidente ucraniano, no qual Volodymyr Zelenskyy defendeu que a Rússia “só quer usar a linguagem do terror”.

O Conselho da Europa foi a primeira organização internacional a definir a Rússia como um Estado terrorista, tendo apelado também à criação de um tribunal internacional para julgar os crimes de guerra perpetrados pela Rússia na Ucrânia.

Mais recentemente, há cerca de uma semana, o parlamento da Estónia aprovou uma moção na qual declara a Rússia como Estado terrorista, alegando que, “com as ameaças de ataque nuclear, o regime russo transformou-se na maior ameaça à paz quer na Europa, quer no mundo”.

No entanto, o primeiro país a acusar a Rússia de terrorismo foi a Letónia, que, em 11 de agosto, afirmou que o regime do Kremlin patrocinava o terrorismo “por utilizar o sofrimento e intimidação como instrumentos para tomar a Ucrânia”.

Redes Sociais - Comentários

Artigos relacionados

Back to top button

 

O Facebook/Instagram bloqueou os orgão de comunicação social no Canadá.

Quer receber a edição semanal e as newsletters editoriais no seu e-mail?

 

Mais próximo. Mais dinâmico. Mais atual.
www.mileniostadium.com
O mesmo de sempre, mas melhor!

 

SUBSCREVER