EUA autorizam vacina da Pfizer para jovens entre os 12 e 15 anos

A agência norte-americana que regula os medicamentos (Food and Drug Administration ou Administração de Alimentos e Medicamentos, em português) autorizou, nesta segunda-feira, uso da vacina contra a covid-19 da Pfizer-BioNTech para jovens entre os 12 e os 15 anos, nos Estados Unidos.
O regresso à normalidade está agora mais perto, com a luz verde para a administração da vacina da Pfizer – até agora disponível para qualquer pessoa com mais de 16 anos – também para jovens com idade entre os 12 e os 15 anos. O alargamento, escreve o “The New York Times”, é crucial para o país recuperar a estabilidade e controlar a pandemia, numa altura em que dezenas de milhões de famílias se debatem com o facto de, dentro de suas casas, só os adultos estarem imunizados.
A decisão do regulador norte-americano (FDA, na sigla em inglês), elogiada por peritos norte-americanos, deita por terra um obstáculo para a reabertura das escolas, reduzindo a ameaça de transmissão do vírus nas salas de aula. E ainda torna real a possibilidade de milhões de adolescentes voltarem, o mais rapidamente possível dentro do atual contexto de pandemia, a participarem em festas, concertos e encontros com amigos. “Esta é uma ótima notícia”, descreveu a pediatra e especialista em vacinas Kristin Oliver, do Hospital Mount Sinai, em Nova Iorque, lamentando que o país tenha esperado “muito tempo para começar a proteger as crianças dessa faixa etária.”
Ao sinal da FDA, deve seguir-se agora o veredito final de um comité do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças, que se reunirá em breve para analisar os dados e fazer as recomendações para o uso da vacina em jovens com 12, 13, 14 e 15 anos. Se o comité aprovar, como é esperado que faça, as imunizações podem, em teoria, começar logo.
Ensaio clínico na base da decisão favorável
Num recente ensaio clínico da norte-americana Pfizer e a alemã BioNTech, que contou com 2260 participantes com idades entre os 12 e os 15 anos, foram-lhes dadas duas doses da vacina ou de um placebo com três semanas de intervalo. No fim, os investigadores registaram 18 casos de infeção sintomática por covid-19 no grupo do placebo e nenhum entre os jovens que receberam a vacina, atestando a eficácia da substância na prevenção da doença também nesse grupo etário.
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