Mundo

Perda de gelo na Gronelândia e Antártida contribui para um quarto do aumento do nível do mar

Iceberg breaking off in Antarctica is 'common phenomenon', says Chilean glaciologist
epa10431537 Small masses of ice in the Gray Glacier, in Chilean Patagonia, 25 December 2022 (issued 26 January 2023). The academic and glaciologist from the University of Chile Alexis Segovia told EFE on 26 January that the recent detachment of a large mass of ice in Antarctica is ‘a common phenomenon’ and is not directly related to the climate crisis, although this could negatively affect the iceberg. According to a press release by the British Antarctic Survey (BAS), a huge iceberg (1550 km2), almost the size of Greater London, broke off the 150m thick Brunt Ice Shelf on 22 January, after cracks that have been developing naturally over the last few years extended across the entire ice shelf, causing the new iceberg to break free. EPA/JAVIER MARTIN

 

Um relatório divulgado, esta quinta-feira, pela Agência Espacial Europeia (ESA) revela que a perda de gelo polar na Gronelândia e na Antártida quintuplicou desde a década de 90 e é responsável por um quarto do aumento do nível do mar.

Segundo o relatório, a ilha da Gronelândia (região autónoma dinamarquesa) e a Antártida perderam 7,56 biliões de toneladas de gelo entre 1992 e 2020, tendo o degelo atingido o pico em 2019 com a perda de 612 mil milhões de toneladas de gelo, em parte impulsionada por uma onda de calor no Ártico.

Desde 1992 o degelo polar causou um aumento de 2,1 centímetros no nível médio global do mar.

A continuar a perda de gelo polar a este ritmo, o nível médio global do mar poderá subir 14,8 a 27,2 centímetros até ao fim do século, de acordo com as previsões do Painel Intergovernamental das Nações Unidas para as Alterações Climáticas.

O relatório hoje divulgado pela ESA, o mais recente do IMBIE – Ice Sheet Mass Balance Intercomparison Exercise, que faz o balanço da massa da camada de gelo, congrega dados de satélites como o CryoSat, da ESA, e a constelação Sentinel-1, do programa de observação da Terra da União Europeia, o Copernicus.

O IMBIE é financiado pela ESA e pela congénere norte-americana NASA.

Um outro relatório, do Serviço de Monitorização das Alterações Climáticas do Copernicus, concluiu que a Gronelândia teve em 2022 condições climáticas extremas, incluindo calor e chuvas excecionais em setembro, uma época do ano em que a neve é mais comum, tendo registado nesse mês temperaturas 8°C acima da média, um recorde desde pelo menos 1979.

A região foi afetada por três ondas de calor diferentes que provocaram um degelo recorde.

Segundo o mesmo relatório, o gelo no oceano antártico atingiu em fevereiro de 2022 a sua “menor extensão mínima” em 44 anos de registos de satélite.

Redes Sociais - Comentários

Artigos relacionados

Não perca também
Close
Back to top button

 

O Facebook/Instagram bloqueou os orgão de comunicação social no Canadá.

Quer receber a edição semanal e as newsletters editoriais no seu e-mail?

 

Mais próximo. Mais dinâmico. Mais atual.
www.mileniostadium.com
O mesmo de sempre, mas melhor!

 

SUBSCREVER