Pedidos de divórcio na China aumentam após quarentena
A pandemia de Covid-19 que já afeta mais de 150 países em todo o mundo, com efeitos imediatos na saúde pública, também tem vindo a provocar abalos dentro das próprias casas. Funcionários de conservatórias chinesas registaram um aumento de separações em zonas onde a população esteve em quarentena.
Xiam, cidade com 12 milhões de habitantes a menos de 800 quilómetros de Wuhan, no centro da China, atingiu um número nunca antes visto de pedidos de dissolução de casamento durante as duas semanas após o fim da quarentena.
Conforme relatam alguns jornais chineses, o encerramento dos estabelecimentos para registos matrimoniais pode ter contribuído para os números registados na reabertura dos mesmos, um mês depois.
Especialistas não aceitam essa hipótese e defendem que o aumento de separações justifica-se com o tempo que os casais passaram juntos em casa. “Em resultado da epidemia, muitos casais ficaram presos em casa mais de um mês, o que alimentou os conflitos”, descreveu o funcionário de uma conservatória.
Também em Dazhou, no sudoeste do país, mais de 300 casais pediram o divórcio. “A taxa de separações subiu muito, comparada com antes do surto”, disse a responsável por uma das conservatórias à imprensa local. “Os jovens têm passado muito tempo em casa, tendem a discutir por razões insignificantes e depois vão a correr pedir um divórcio”. Por consequência da elevada afluência em algumas cidades, o número de marcações foi limitado a 10 por dia. Contudo, alguns casais arrependem-se e regressam à conservatória horas depois para voltarem a “dar o nó”.
Em São Luís, no Brasil, já foi realizado um divórcio por videoconferência devido ao novo coronavírus, embora até ao momento a cidade não registe casos confirmados da doença.
JN
Redes Sociais - Comentários