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Governo britânico avança com “passaportes” de vacinação em discotecas

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(FILES) In this file photo taken on July 10, 2021 a security staff member checks the health pass of a client, at the entrance of a nightclub in Saint-Jean-de-Monts, western France. – French president is expected to announce in an address to the nation the extension of the health pass to establishments receiving the public, including cultural venues (theaters, cinema), according to government sources. (Photo by Sebastien SALOM-GOMIS / AFP)

Discotecas e salas com grande capacidade vão ser obrigadas a pedir à entrada “passaportes” de vacinação contra a ​​​​​​​covid-19 a partir do final de setembro em Inglaterra, anunciou esta segunda-feira o primeiro-ministro britânico, urgindo os jovens a imunizarem-se.

A medida representa uma inversão relativamente à posição anterior, quando o Governo recusou forçar a adoção teste tipo de documentação para aceder a serviços e espaços de lazer, deixando a opção às empresas privadas.

Esta segunda-feira, numa conferência de imprensa, Boris Johnson argumentou que a obrigatoriedade de certificação para o acesso a “discotecas e outros locais de grande concentração de pessoas” é necessária para reduzir a transmissão do vírus.

A medida, acrescentou, deverá ser implementada “até ao final de setembro, quando todos os maiores de 18 anos terão a hipótese de levar uma segunda dose [da vacina]”.

Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte decidem as próprias regras em matéria de saúde.

“Não quero ter de fechar discotecas novamente, como se fez noutros lugares”, disse, numa referência aos Países Baixos, “mas isso significa que as discotecas precisam fazer a coisa socialmente responsável”, exigindo prova de vacinação ou de teste de covid-19 negativo.

O jornal The Times já tinha noticiado, há uma semana, que o executivo pretendia exigir certificados de vacinação para entrar em bares e restaurantes.

Boris Johnson deixou em aberto a possibilidade de estender esta medida aos ‘pubs’, reservando-se “o direito de fazer o que for necessário para proteger a população”.

Aludindo à tendência internacional de associar a vacinação completa de adultos à abertura das fronteiras, o primeiro-ministro britânico reconheceu que 35% dos jovens de 18 a 30 anos, cerca 3 milhões de pessoas, ainda não responderam à chamada para a imunização.

Em contrapartida, 96% das pessoas com mais de 50 anos e 83% das pessoas com idades entre os 30 e os 50 anos aceitaram a oferta em Inglaterra.

O anúncio destas medidas coincide com o levantamento hoje da maioria das restrições aos contactos sociais, nomeadamente o distanciamento social e limites ao número de pessoas que se podem juntar ao ar livre ou em espaços fechados.

O uso de máscaras também deixou de ser obrigatório em lojas e transportes públicos, embora a maioria das empresas e transportadoras continue a pedi-lo aos clientes e utentes.

Algumas discotecas festejaram, abrindo à meia-noite pela primeira vez desde março de 2020, mas especialistas têm alertado para o risco do plano de desconfinamento do Governo, tendo em conta o crescimento exponencial de pessoas infetadas.

Nos últimos sete dias, entre 13 e 19 de julho, a média diária de mortes por covid-19 foi de 42 pessoas e a de novos casos de 46.024 pessoas, o que corresponde a uma subida de 48% no número de mortes e de 41,2% no número de infeções relativamente aos sete dias anteriores.

A média diária de pessoas hospitalizadas foi de 617 entre 7 e 13 de julho, um aumento de 39,5% face aos sete dias anteriores.

Na sexta-feira estavam internados 4094 pacientes, dos quais 573 com auxílio de ventilador.

Desde o início da pandemia, foram notificados 128.727 óbitos por covid-19, num total de 5.473.477 infeções confirmadas no Reino Unido.

Cerca de 90% da população adulta já está imunizada, e quase 70% tem a vacinação completa.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 4.093.263 mortos em todo o mundo, entre mais de 190,3 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.

JN

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