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NATO pede envio de “vários tipos de defesa aérea” às forças ucranianas

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TOPSHOT – Ukrainian artillerymen walk away from their self-propelled 152 mm gun SAU 2S3 Akatsiya after they fired at a position on the front line with Russian troops in Donetsk region on October 11, 2022, amid the Russian invasion of Ukraine. (Photo by Anatolii Stepanov / AFP)

 

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, exortou hoje os Aliados a disponibilizarem à Ucrânia “diferentes tipos” de sistemas de defesa aérea, dados os bombardeamentos e ameaças nucleares russas, vincando também ser “extremamente importante” salvaguardar infraestruturas energéticas este inverno.

“Os Aliados têm fornecido defesa aérea, mas precisamos ainda de mais. Precisamos de diferentes tipos de defesa aérea: curto alcance, longo alcance, sistemas de defesa aérea para levar mísseis balísticos, mísseis de cruzeiro, drones, diferentes sistemas para diferentes tarefas e depois, claro, a Ucrânia é um grande país, muitas cidades, por isso precisamos de escalar para podermos ajudar a Ucrânia a defender ainda mais cidades e mais território contra os horríveis ataques russos contra as suas populações civis”, declarou Jens Stoltenberg.

Falando à chegada da reunião de ministros da Defesa dos Aliados, em Bruxelas, o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) saudou os equipamentos de defesa aérea que já estão a ser mobilizados para as forças ucranianas, nomeadamente por parte da Alemanha, vincando que tal apoio “é extremamente importante”.

“Penso que todos já vimos porque é que isto é bastante importante, [dados os] horríveis ataques indiscriminados contra cidades ucranianas, civis mortos, infraestruturas críticas civis destruídas e, não menos importante, os ataques ao sistema energético, às infraestruturas energéticas, ainda mais graves à medida que nos aproximamos do inverno. Tudo isto demonstra a necessidade urgente de mais defesa aérea para a Ucrânia”, elencou Jens Stoltenberg.

Os ministros da Defesa da NATO reúnem-se hoje e quinta-feira em Bruxelas para reforçar o apoio à Ucrânia devido às ameaças russas, debatendo ainda a salvaguarda de infraestruturas críticas como gasodutos europeus.

“Durante as últimas semanas, assistimos à mais grave escalada da guerra desde a invasão em fevereiro: a Rússia está a mobilizar dezenas de milhares de novas tropas, está a tentar anexar ilegalmente novas terras ucranianas e assistimos aos ataques indiscriminados contra as cidades ucranianas e depois, claro, ouvimos também as ameaças nucleares veladas vindas de Moscovo”, destacou Jens Stoltenberg nas declarações à chegada da reunião.

Nos últimos dias, registaram-se, entre outras áreas, ataques russos contra a zona da central nuclear de Zaporijia, no sul da Ucrânia, a maior da Europa, depois de Putin ter anunciado uma mobilização parcial de 300 mil reservistas russos.

Já esta segunda-feira, dezenas de pessoas morreram ou ficaram feridas em bombardeamentos provocados pelas forças russas em várias regiões ucranianas, nomeadamente na zona de Kiev.

Esta foi a primeira vez que a capital ucraniana foi bombardeada desde junho passado, após o início da guerra causada pela invasão russa em fevereiro deste ano.

Neste encontro dos ministros da Defesa dos Aliados — no qual Portugal estará representado pela governante da tutela, Helena Carreiras –, a NATO irá então debater como salvaguardar a dissuasão nuclear e como reabastecer os ‘stocks’ de munições e armas, tanto para armazenamento próprio como para apoiar a Ucrânia.

Os responsáveis pela tutela da Defesa da NATO vão, ainda, discutir a resiliência das infraestruturas críticas, quando a Rússia é acusada de sabotagem nos gasodutos da Nord Stream no Mar Báltico.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou a fuga de milhões de pessoas e a morte de milhares de civis, segundo as Nações Unidas, que classificam esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

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