Milhares de polícias mobilizados na área palestiniana de Jerusalém para procissão anual do Dia da Bandeira, que marca a captura de Jerusalém Oriental por Israel em 1967.
Foi um momento de especial tensão e desencadeou a mobilização de mais de três mil elementos das forças de segurança israelitas, a marcha anual do Dia da Bandeira ou Dia de Jerusalém, que marca a captura de Jerusalém Oriental por Israel em 1967, e que em anos anteriores levou a confrontos entre israelitas e palestinianos. Milhares de israelitas, na sua maioria ultranacionalistas, marcharam hoje na área palestiniana da cidade enquanto entoavam provocações tão extremas como “morte aos árabes”.
Segundo a agência Associated Press (AP), Jerusalém, epicentro do conflito israelo-palestiniano, tem persistido calma durante a guerra que opõe Israel e Hamas e que esta sexta-feira completa oito meses.
De acordo com a mesma agência noticiosa, os manifestantes, reunidos em frente ao Portão de Damasco da Cidade Velha de Jerusalém, ponto de encontro para os palestinianos em Jerusalém Oriental, entoaram slogans anti-árabes e anti-islâmicos, enquanto dançavam e agitavam bandeiras de Israel.
“Jerusalém é nossa”
A contribuir para o adensar das tensões, o ministro israelita de Segurança Nacional, Ben-Gvir, de extrema-direita, declarou que a procissão enviou uma mensagem ao principal inimigo de Israel: “Estamos a enviar uma mensagem daqui ao Hamas: Jerusalém é nossa. O Portão de Damasco é nosso”, disse aos manifestantes no início da marcha. “E, com a ajuda de Deus, a vitória total é nossa”, atirou ainda Ben-Gvir, referindo-se à guerra em Gaza.
Hamas responde
Em reação à polémica procissão, o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, declarou: “o nosso povo não descansará até que a ocupação acabe e um Estado Palestiniano independente seja estabelecido, com Jerusalém como capital”.
Segundo a AP, a multidão israelita entrou em confronto com a polícia, que procedeu à detenção de 18 manifestantes, “sob suspeita de crimes violentos, agressão, ameaças e conduta desordeira”.
JN/MS
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