Algumas moedas da época da conquista normanda (século XI), encontradas por acaso por sete amigos que procuravam metais, tornaram-se o achado mais valioso da Inglaterra, estimado em 5,1 milhões de euros. Estarão expostas em novembro no Museu Britânico.
O tesouro, composto por 2584 moedas de prata, foi descoberto há cinco anos na zona de Chew Valley, no norte do condado de Somerset (sudoeste de Inglaterra), enquanto o grupo de sete amigos tentava perceber como funcionavam os detetores de metais.
Naquele dia em janeiro de 2019, ao colocarem os sensores no chão, depararam-se com as moedas, noticiou na terça-feira o jornal “The Guardian”.
Depois de encontrarem a primeira peça, as máquinas continuaram a apitar alto no local, onde ao final do dia tinham mais de duas mil moedas normandas.
Ao abrigo da Lei do Tesouro de 1996, que se aplica no País de Gales, Inglaterra e Irlanda do Norte, aqueles que encontrem tesouros podem receber uma recompensa financiada por um museu ou outra instituição.
A organização de benevolência South West Heritage Trust, dedicada ao cuidado de objetos históricos, anunciou agora que adquiriu as moedas para o país graças a um financiamento significativo proveniente, em parte, da ajuda da Lotaria Nacional.
As peças, de enorme valor histórico, serão expostas no Museu Britânico no dia 26 de novembro e serão posteriormente expostas noutros museus do Reino Unido, incluindo Somerset.
A South West Heritage Trust descreveu o tesouro como um dos mais importantes já encontrados.
Um dos sete amigos, Adam Staples, contou ao “The Guardian” que viveu uma aventura fantástica e incrível e que não conseguia expressar o que sentiu quando encontrou moeda atrás de moeda.
“Foi uma sensação de admiração. Encontrar uma moeda foi ótimo. Depois, em alguns minutos, mais alguns, depois 10 moedas, 50 moedas. Foi ficando cada vez maior. E as suas emoções simplesmente multiplicaram-se. Definitivamente mudou a minha vida. Foi como ter a história nas mãos e obviamente o aspeto financeiro também é fantástico”, acrescentou.
O proprietário do terreno, cuja identidade não foi revelada, receberá metade dos lucros e os sete descobridores dividirão igualmente a sua parte do “tesouro”.
“Todos concordámos em partilhá-lo e estamos felizes com o acordo”, garantiu Staples, natural de Derby, no norte de Inglaterra, que gere uma leiloeira especializada em moedas antigas.
Em várias das moedas encontradas aparece a imagem de Haroldo II, o último rei da Inglaterra anglo-saxónica, enquanto outras correspondem à imagem do rei normando Guilherme I, também chamado Guilherme, o Conquistador.
JN/MS
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