Menino autista expulso de avião por não conseguir usar máscara
Carter, de quatro anos, é louco por aviões, mas foi impedido de viajar por não poder usar máscara. Mesmo com atestado médico, a tripulação defendeu que “o autismo não é uma deficiência”, obrigando-o a sair. Spirit Airlines avançou que a política da empresa vai ser alterada já este mês.
Um menino de quatro anos com autismo foi obrigado a abandonar o avião de uma companhia aérea norte-americana por não conseguir usar máscara de proteção individual.
Em declarações aos meios de comunicação social, a Spirit Airlines afirmou que todos os seus passageiros, exceto os menores de dois anos, têm de viajar de máscara.
Ainda assim, avança a BBC, de acordo com as diretrizes dos EUA, os cidadãos com problemas médicos não devem ser obrigados a utilizá-la.
Callie Kimball explicou que embarcou com o filho, Carter – um apaixonado por aviões – e o marido em Las Vegas, apresentando um atestado médico a explicar a doença da criança. “Está isento de usar máscara porque sempre que a usa prende a respiração, começa a ter crises e pode magoar-se”, frisou, sublinhando que o filho não consegue falar.
No entanto, a tripulação do voo rejeitou o documento, defendendo que “o autismo não é uma deficiência”: “ele tem de colocar a máscara ou sair do avião”.
O casal conseguiu, depois, uma viagem de regresso ao Arkansas pela American Airlines, que, segundo Kimball, aceitou o atestado sem qualquer contestação.
Apesar de garantir que, neste momento, a política da empresa não permite abrir exceções, a Spirit Airlines já esclareceu que, a partir de 22 de março, os passageiros com deficiência poderão solicitar a isenção do uso de máscara.
Essa foi, aliás, a indicação dada em fevereiro pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, favorável à abertura de exceções, quando justificadas.
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